sexta-feira, 15 de março de 2013

Sinais de Alerta

Para onde nós dirigirmos nosso olhar, no globo terrestre, vemos sinais de alerta preocupantes. Sinais que nos mostram claramente: estamos no fim da linha. Esse caminho escolhido pela humanidade está completamente equivocado. Mudanças climáticas, degelo das calotas polares, poluição dos rios e dos mares, chuva ácida... tudo isso são fragmentos de uma realidade nada promissora. E o ser humano ainda dorme. Ainda deixa para tomar decisões amanhã. Ainda acha que não tem nada a ver com o que está aí fora...

As abelhas estão sumindo. Você sabia disso?  "As abelhas estão sumindo" é uma frase apocalíptica. Sabe por que?

"Se as abelhas desaparecessem da face da terra, a espécie humana teria somente mais quatro anos de vida. Sem abelhas não há polinização, ou seja, sem plantas, sem animais, sem homens." (Albert Einstein) 

"Mas que exagero!" - poderíamos dizer. "Como um animalzinho tão pequeno pode determinar a extinção da espécie humana?"

Poucos sabem como as abelhas são indispensáveis ao meio ambiente. Pensar que a única função das abelhas é fabricar o mel é desconhecer o grande papel de polinização prestado eficientemente por essas operárias incansáveis. Para se ter uma pequena idéia da importância das abelhas, basta dizer que elas são responsáveis pela polinização de 80% das espécies vegetais no mundo. 80%! Para o biólogo norte-americano Edward O. Wilson, o desaparecimento das abelhas pode ser considerado o "Katrina" da entomologia (referência ao furacão que matou milhares de pessoas nos EUA).

E, no entanto, elas estão simplesmente de-sa-pa-re-cen-do. Misteriosamente. Em todo o planeta. E as causas? Há muitas. Os estudos realizados até agora apontam o cultivo das monoculturas e o uso de agrotóxicos como os principais responsáveis, além de antenas de celulares e outros artefatos da nossa "moderna" civilização, sem falar do desmatamento (nos últimos anos perdemos mais de 100 milhões de hectares de floresta no mundo).

A Revista Carta Maior de fevereiro deste ano publicou uma matéria sobre o assunto, afirmando que o Brasil é o campeão mundial no uso de agrotóxicos. Sinais.

Monsanto e Transgênicos

Paralelamente, outra notícia séria (eu diria catastrófica): a Monsanto, responsável pela maior parte dos alimentos transgênicos no planeta, abriu, neste mês de março, uma filial em Petrolina, estado de Pernambuco.
Quem ainda tinha dúvidas sobre o efeito nocivo dos transgênicos no organismo, não precisa ter mais: pesquisa recente realizada na França pelo professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, provou o mal que esses alimentos trazem à saúde, provocando tumores cancerígenos, alergias, problemas renais, glandulares, hepáticos etc.

Se quiser saber mais sobre esse monstro de multinacional, acesse o vídeo chamado "O Mundo Segundo a Monsanto": 


Trata-se de um excelente documentário baseado no livro com o mesmo nome, mostrando de que forma essa famigerada empresa vem patenteando sementes transgênicas e introduzindo-as em países emergentes, como o Brasil. Sinta-se o perigo: as sementes transgênicas da Monsanto são resistentes somente aos pesticidas fabricados por ela própria, como a soja, que é imune ao "Roundup", fabricado e patenteado pela Monsanto. 

Como funciona isso? Funciona assim: plantamos as sementes transgênicas; o pólen destas sementes fatalmente contamina outras culturas do entorno, que passam a produzir sementes com as mesmas características das transgênicas; daí, a Monsanto processa os produtores vizinhos, exigindo que paguem royalties por estar produzindo sementes que foram patenteadas por ela. E a conclusão é que essa multinacional vai se tornando proprietária de um sem-número de sementes.

Caso os governos continuarem prestigiando essa monstruosidade, num futuro muito breve poderemos não ter mais sementes puras no planeta. E a maior parte da nossa agricultura dependerá da Monsanto.  

O que significa isso tudo? 

Sinais. Efeitos externos de um mundo em crise. Efeitos que exigem de nós mudança. Não dá mais para cruzarmos os braços e deixarmos para amanhã o que temos de fazer hoje. Não dá mais para fazermos parte da maioria passiva, que acha que tudo cai do céu ou que apenas as autoridades são responsáveis. Externamente, estamos vivendo uma realidade mais que assustadora. Todos estes sintomas de falência da nossa civilização estão aí bem visíveis e são responsabilidade nossa. Precisamos olhar para eles e admitir que falimos. E humildemente, de mãos dadas, trabalhar juntos para refazer este mundo, noutras bases. Com foco na consciência e não no poder ou nas vantagens materiais. Com foco na unidade. Com foco no amor.

"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve", disse Victor Hugo.

Vão-se as abelhas, prosperam os transgênicos, a natureza literalmente estertora, a humanidade fenece. Se não temos coragem de olhar para dentro de nós mesmos e reestruturar nossas bases internas, como vamos consertar o que está fora?

Os tempos urgem. Invoquemos nossa força interna para nos transformarmos agora. Peçamos luz, consciência, discernimento. Não dá mais para dormir. Os sinais são um alerta para despertarmos. Dentro de nós está o poder.  

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