terça-feira, 14 de setembro de 2021

O Salto Quântico ou o Grande Despertar

A matéria a seguir foi publicada originalmente no blog https://quanticaevedas.blogspot.com.br. Reproduzo-a aqui, por considerá-la importante para nossa reflexão. A Física Quântica é um tema apaixonante, cuja tendência é fazer parte cada vez mais da nossa vida diária.

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O tão alardeado “fim do mundo” pode ser não o fim dos tempos, a destruição do planeta e da humanidade, mas o fim da ignorância espiritual, o fim da consciência limitada tridimensional, o fim da era do materialismo concreto newtoniano-cartesiano-euclidiano, ou seja, o fim do mundo tal como o conhecemos através da nossa limitada mente tridimensional e dos condicionamentos e crenças que nos foram imputados. Seria uma passagem para níveis de dimensão mais profundos, uma espécie de “bum”(explosão) da consciência – o propalado “salto quântico”.

Há pelo menos três curiosidades descobertas pela Física Moderna que considero simplesmente desconcertantes, uma verdadeira "puxada de tapete" no nosso raciocínio linear. Elas dizem respeito ao salto quântico que ocorre quando uma partícula do átomo, que está numa determinada órbita, recebe um impulso energético, ocasionando um salto do elétron para uma outra órbita. O comportamento do elétron, no seu salto quântico, é inusitado: ao receber o estímulo e dar o salto, ele não pode ser visto percorrendo um caminho entre as órbitas do átomo, como seria de se esperar. Ele simplesmente desaparece, para reaparecer já num outro nível, assim como num passe de mágica. O que se deduz é que, no instante do salto, o elétron vai para uma outra dimensão invisível ao olho do observador.

A outra curiosidade, que aproxima a Física Quântica da espiritualidade, é que, no momento do salto quântico, há uma energia que é liberada na forma de fótons, provocando emissão de luz. Quando o salto quântico acontece, a luz aparece. Seria então uma mera coincidência esse entrelaçamento entre a Física Moderna e a área antes exclusiva das narrativas espirituais? Poderíamos dizer que o mundo espiritual é quântico? Tudo parece indicar que sim. Entender o salto quântico pode ser a chave-mestra para compreender os movimentos da consciência e os enigmas do próprio Universo.

E a outra curiosidade realmente perturbadora é a constatação de que o olhar do observador altera o observado. Um elétron se comporta como onda até ser detectado – quando manifesta seu lado partícula. "Hã? Como assim?" - pergunta a mente lógica. Sim, o observador altera a realidade! Portanto, o mundo é muito mais subjetivo do que imaginava a nossa vã filosofia!

Os seres chamados “lumiares” da humanidade, aqueles cuja luz marcou época, como Jesus, Buda, Sathya Sai Baba, no âmbito espiritual, Einstein e Max Planck, no âmbito científico, Freud e Jung, no âmbito da Psicologia, e muitos outros, todos eles, como consciências privilegiadas e alargadas, provocaram um efeito sobre as consciências “normais” vigentes; um grande estímulo, semelhante ao estímulo dado ao elétron para que mude de órbita. Esse grande impulso, ou “empurrão”, propiciaria ou daria condições a que algumas consciências mudassem de ponto, dando o seu salto quântico.

Só que essa mudança começa muito lentamente, ao longo do tempo, até a humanidade atingir a chamada massa crítica que, segundo algumas previsões, estaria próxima de ser alcançada. Aí então, as mudanças passam a ser mais rápidas.

Seres visionários da nossa época apresentam estimativas sobre a quantidade de mentes iluminadas necessárias para formar uma massa crítica. (Massa crítica significa a quantidade de indivíduos necessária para desencadear uma mudança irreversível. Um detonador das mudanças).

O guru Maharishi Mahesh Yogi, por exemplo, estimava que 1/10 de 1% da humanidade seria suficiente para gerar vibrações que trariam a paz mundial. O mestre espiritual Osho calculava o número necessário para disparar o gatilho das mudanças em 5 % dos humanos. Ainda não sabemos quem estava com a razão, mas sabemos que a massa crítica será acionada a qualquer momento, porque, além dos estímulos das consciências mais elevadas, temos hoje um outro fator decisivo à mudança: é que agora nossa humanidade está literalmente encurralada. Chegamos ao ponto do “ou mudamos ou sucumbimos”.

Caímos numa arapuca criada por nós mesmos, ao darmos um rumo totalmente equivocado ao nosso destino. Deslumbrados ante a capacidade do intelecto em criar um mundo fantástico em termos de tecnologia, desprezamos os valores do espírito e atrelamos nosso desenvolvimento como espécie a objetivos meramente externos, materiais, imediatistas, inconsequentes e antiespirituais. Dessa forma, desabamos ladeira abaixo até chegarmos ao nível crítico em que se encontra a nossa atual civilização, onde reina a destruição da natureza (originada pela falta de respeito à Mãe Terra), a violência (falta de respeito ao outro), a fome, as guerras (ausência de amor), etc.

Peter Russell (produtor britânico, autor de livros e filmes sobre a consciência e o futuro da humanidade) afirma, no seu livro “O Despertar da Terra”, que a frequência das ondas cerebrais de uma pessoa em estado de meditação é a mesma frequência emitida pelo planeta Terra (8 ciclos por segundo). E estima que para podermos atingir a mesma sintonia de sustentação da vida na Terra, precisamos de 200 milhões de meditantes durante as 24 horas do dia. Segundo ele, ao atingirmos esse número, toda a lógica de catástrofes será desarmada e a humanidade ascenderá a um novo patamar de consciência, pois a vibração desse alinhamento terá o poder de neutralizar a força das mentes destrutivas.

Isto quer dizer que cada uma dessas pessoas precisaria meditar 30 minutos por dia. Consideramos um número alto; porém, ao comparar esse montante com 7 bilhões de habitantes, vemos que não é tão elevado assim...

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, disse Einstein. De fato, a mente que se mantém no “pensar quadrado”, o “pensar na caixa” ou pensar somente no que já foi pensado antes, é uma mente opaca, que bloqueia a própria criatividade e gera o comportamento mecânico, repetitivo, chamado “comportamento de manada”. Ao contrário, a mente que se abre ao novo se enche de luz.

A seara do autoconhecimento passa necessariamente por esse desprendimento de dogmas e condicionamentos. Talvez por isso, Lao Tsé tenha dito que, para adquirir conhecimento, devemos adicionar coisas às nossas mentes todos os dias; mas, para ganhar sabedoria, devemos eliminar coisas todos os dias. Ou seja, soltar um pouco o intelecto, procurar desenvolver o lado espiritual, o lado do sentir...

Deveríamos compreender que há uma infinidade de caminhos que nos levam à verdade, e que esses caminhos se completam. As descobertas de hoje só são possíveis graças às descobertas de ontem. Talvez Jung não tivesse chegado às suas teorias sobre o inconsciente coletivo se, atrás dele (ou do lado dele, se quiser) Freud não houvesse aberto um caminho novo, com suas teorias sobre o inconsciente humano. Talvez – e muito provavelmente – Max Planck não fosse um fundador das teorias quânticas se Einstein não houvesse descoberto a Teoria da Relatividade. E é possível que Sheldrake não houvesse chegado à Teoria dos Campos Mórficos se Charles Darwin não abrisse o caminho lá atrás, com sua teoria sobre a evolução das espécies. E assim por diante.

O fato é que as grandes descobertas da humanidade partiram geralmente de pessoas que ousaram “pensar fora da caixa”, desafiando o establishment. Alguns físicos quânticos têm relatado a resistência de grande parte dos físicos convencionais às novas descobertas. Isto nos dias atuais! A crença que nos impingiu o modelo cartesiano de vida está tão arraigada que – por incrível que pareça – não deixa imunes nem os próprios cientistas, que deveriam, mais do que os outros mortais, ter uma mente aberta. Ocorre que não é nada fácil se libertar do materialismo científico.

Aprendemos a viver num mundo que consideramos “concreto”, sólido, palpável. E então chegam uns cientistas “malucos” e nos dizem que a matéria não é sólida! Que dentro dela existe vida pulsante! Que no interior da matéria há mais vaziez do que concretude! Que temos a ilusão de solidez apenas devido à rotação lenta dos seus átomos!

E assim, quanto mais os cientistas quânticos avançam em suas mirabolantes descobertas, mais nos aproximamos do emocionante e fantástico encontro da ciência com a espiritualidade! Pois o que descobrimos hoje, depois de tantas pesquisas exaustivas, depois de tanta gente queimada na fogueira da estupidez humana, é que a única diferença entre um físico quântico e um mestre védico é a nomenclatura utilizada por cada um. Nada mais.

Nagarjuna, filósofo da tradição budista, dizia:

"Ela não existe.
Ela não não existe.
Ela não existe e não não existe simultaneamente.
Nem ela não existe nem não não existe."

Que tipo de insanidade o teria acometido? A que ele se referia? Ele se referia à realidade última. O elétron é onda ou partícula? Ou é ambos?

Meu ídolo Amit Goswami (eu o amo!), uma das maiores autoridades em Física Quântica da nossa atualidade, propõe que, sendo a matéria instável e transcendente, faz-se necessária a existência de uma consciência para paralisá-la momentaneamente, criando assim a ilusão da estabilidade. E compara a forma como a vida se apresenta a nós a uma película de cinema. Entre cada foto, existe o abismo transcendente da não foto. Entretanto, nossa percepção limitada apenas capta a continuidade do filme, ou seja, passam-nos despercebidas as constantes trocas entre fotos e não fotos.

Os próprios físicos quânticos não mediram esforços para negar a importância do observador nos fenômenos físicos. Felizmente, não se pode cobrir o sol com a peneira por muito tempo. O “futuro” bateu à nossa porta. A Quântica veio para ficar e vários cientistas modernos – como Amit Goswami - já admitem que não há paradoxo se presumir que a consciência que causa o colapso da onda de possibilidades em eventos reais é a consciência cósmica. É essa consciência, onipresente e oniabarcante, que nos indica o caminho da unidade.

Levando em conta que meditar só traz bem, sugiro que façamos da meditação um hábito, como sugere Peter Russell, a fim de fazermos colapsar, do mundo das infinitas possibilidades, a realidade melhor: de um Mundo Novo, onde todos viveremos em harmonia, dentro da consciência única, na posse e no exercício pleno da nossa condição de seres cocriadores da realidade.

NOTA: Existem inúmeras técnicas para meditação. Esta é uma das que eu indico:

https://www.youtube.com/watch?v=UWeJI3qXpKU

E esta é a meditação da Flor da Vida. O padrão "flor da vida" está em toda manifestação do universo criado. É como se fosse um carimbo do Criador. Mergulhar nesta forma, respirando lenta e profundamente, ajuda a acalmar os pensamentos, trazendo harmonia para os corpos:

https://i.pinimg.com/originals/1f/5d/59/1f5d59a2bc7eb7fa47d3799a357e0cbd.gif

domingo, 12 de setembro de 2021

Por Que Não Queremos Ver?

Com tantas descobertas da física quântica, mostrando uma realidade completamente diferente daquilo que fomos condicionados a ver, por qual razão a humanidade continua repetindo os mesmos erros e apostando nos mesmos condicionamentos, crenças e preconceitos?

Parece que ainda não acreditamos que somos mais do que a simples matéria visível aos olhos. O acomodamento, a inércia, a dificuldade de olhar para algo diferente são empecilhos graves à visualização de novas realidades. 

Isto me lembra a história do elefante. Por qual motivo um animal, cuja força é capaz de derrubar uma árvore adulta pela raiz, pode ser mantido em cativeiro com uma simples cordinha amarrada a uma pequena e ridícula estaca? Porque, desde bem pequeno, quando sua força ainda não era tão grande, foi mantido preso à mesma estaca. O elefantinho tentou, tentou, tentou e não conseguiu se libertar. Guardou a lição para o resto da vida e, ao se tornar adulto... não acredita mais na própria força! Pensa que a estaca e a corda são mais poderosas que ele...

O pior cego é aquele que enxerga muito bem, mas insiste em não ver aquilo que está diante dos seus olhos, porque isto implica em mudança e ele não quer mudar.

Como os elefantes de circo, nós nos acomodamos às nossas velhas estacas, representadas pelas nossas crenças, preconceitos, convicções, teorias... Temos medo das mudanças. Temos medo de renascer para o novo, porque este renascer implica em morrer para o velho. E não queremos morrer para o velho, queremos continuar apegados às nossas verdades. É duro constatar que construímos nossa civilização baseados em conceitos ultrapassados. E é preciso uma dose bem grande de humildade para ver tudo isto. 

A arrogância humana é simplesmente patética. Até num ramo como a Medicina, onde um erro pode significar a perda de uma vida, constatamos a dificuldade que a maioria dos médicos têm de mudar seus velhos paradigmas, mesmo à frente de evidências.

Por causa disso, Alvin Toffler preconizou que os analfabetos do século 21 seriam não  aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender. É a mais pura verdade. Principalmente quando sabemos que o conhecimento humano, que dobrava a cada 100 anos, em 1900, hoje estima-se que dobre a cada 20 meses! Isto significa que, ao conquistar o seu diploma de médico (ou de outra profissão não baseada em cálculos exatos), o profissional já está desatualizado e terá que reaprender o que aprendeu!

Paralelamente à inércia, à preguiça que nós, seres humanos temos, no que se refere a mudar nossos paradigmas, o universo quântico assusta, da mesma forma que assusta o universo íntimo daquele que se abriu às verdades do espírito. Temos receio das vastidões. Daí reduzirmos nossas possibilidades e nossos horizontes ao mínimo. No entanto, queiramos ou não ver, aceitemos ou não, a vastidão nos puxa a todos para sairmos do lugar comum, para "cessarmos de existir" para o velho, alimentando e repetindo paradigmas ultrapassados, e ingressarmos no Novo Mundo, o Mundo Quântico, como coparticipantes e cocriadores dessa incomensurável Criação.

O futuro É HOJE. O encontro da Ciência com a Espiritualidade é agora. Porque os físicos da atualidade, assim como os antigos sábios védicos, apontam para o mesmo horizonte... 

A Era Euclidiana acabou e muitos ainda não se aperceberam... 

E nossas "estacas", de tão velhas, começam a se fragmentar... 

Reproduzo, aqui, para nossa reflexão, algumas das descobertas quânticas que insistimos em não ver. O autor é o prof. Hélio Couto:

"O que a mecânica quântica mostra que praticamente ninguém quer ver?

* Mostra que a realidade não é material.

* Que a matéria é apenas uma forma de organização da energia.

* Que no nível mais fundamental só existe energia.

* Que tudo está conectado no nível subquântico.

* Que tudo é onda e que no final só existe uma única onda.

* Que o observador cria a própria realidade.

* Que a matéria obedece à vontade do observador.

* Que existem dimensões fora da terceira dimensão.

* Que a consciência continua após a morte.

* Que é possível estudar o que existe nas outras dimensões e descobrir a realidade das outras dimensões. Deixando de lado todas as histórias que criaram sobre isso.

* Que tudo é consciência e tem consciência.

* Que a onda é consciência.

* Que toda a matéria tem consciência.

* Que uma única consciência está experienciando a si mesma de infinitas formas.

* Que existe um sentimento nesta única consciência, que é dominante. E que tudo que contraria esse sentimento cria condições que trarão infelicidade para quem o criou.
Esse ajuste é a única forma que a consciência tem de fazer tudo voltar ao equilíbrio.
O universo tende ao equilíbrio e faz tudo que é preciso para voltar a ele. E isso implica em correções de rumo desconfortáveis para quem o tira do equilíbrio."

(Final da citação)

Mário Quintana disse: "Eu não tenho paredes. Só tenho horizontes". Todos nós precisamos de humildade e coragem para abrir nossos horizontes e enxergar o novo mundo, que não está longe nem inacessível, mas aqui, na nossa porta.

(Publicado originalmente no nosso blog: https://quanticaevedas.blogspot.com.br)

*NOTA: Leia também o conto "Cegos Para a Amplidão":
http://contosatemporais.blogspot.com.br/ 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Luz x Sombra, a Jornada Imprescindível

“Ao que nos compete discernir, o único propósito da existência humana é jogar um pouco de luz nas trevas do mero ser.” ~ Carl Gustav Jung

Retorno hoje a um dos meus temas prediletos. Um tema tão complexo como vasto. Um tema que todos tememos, mas teremos de enfrentar um dia: a sombra. Escolhi alguns textos, para nossa reflexão. Alguns foram retirados do livro IMPERDÍVEL “O Efeito Sombra”, escrito por três seres que tiveram a coragem de olhar para dentro, para a própria sombra, e assimilá-la, tornando-se autotranscendentes: Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson.

O motivo de gostar deste tema é pela sua profundidade e importância.

Há um engano comum, que ocorre mesmo entre pessoas “espiritualizadas”: a ilusão de que somos só luz. A busca da luz, a ânsia da luz nos faz, frequentemente, negar a sombra. E por não querermos olhar para a sombra, deixamos que ela se agigante. Nossa sombra une-se, pela lei da atração, à sombra dos demais, tornando-se mais gigantesca ainda: a sombra da humanidade. Essa sombra coletiva se manifesta através dos conflitos, guerras e toda a feiura que vemos no nosso mundo.

Encarar a sombra não é “para amadores”, é um trabalho muito difícil, uma grande jornada. Mas não estamos aqui para fazer o fácil. Diz Debbie Ford: “Lembre-se: nossa sombra está quase sempre tão bem escondida de nós que é quase impossível encontrá-la. Se não fosse pelo fenômeno da projeção, talvez ficasse escondida pela vida inteira”. Aí está um bom começo, para as raras almas interessadas e comprometidas na tarefa do autoconhecimento: ficar atento às projeções, ao dedo apontado. Ao projetamos algo em alguém, é aí que a nossa sombra se revela. 

Acredito num mundo novo, de paz, cooperação mútua, amor e fraternidade. Mas isto só será possível quando pararmos de ter medo da sombra. Temer a sombra é temer a si próprio. Apenas quando transcendermos esse medo poderemos viver uma vida plena. Citando novamente Debbie Ford: “Assim como uma flor de lótus nasce na lama, precisamos honrar as partes mais sombrias de nós mesmos, e as nossas experiências de vida mais dolorosas, pois são elas que nos permitem o nascimento do mais belo self”.

Selecionei algumas frases a seguir, para nossa compreensão deste tema fascinante. 

"... E vemos uma geração dona da verdade, fazendo ares de quem domina todos os assuntos. A culpa está sempre no outro, o erro é sempre dos outros que passam a incorporar a sombra, os defeitos, os fracassos. Renegando a sombra para bem longe do ego (de si mesmo), perde-se a oportunidade de enxergá-la e assumi-la em si." ~Janaína M. Costa

“Tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bem e mal, sol e sombra alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos...” ~ Jung

“Comece a olhar para aqueles aspectos que você negou por tanto tempo, não pense mais tão espiritual neste momento, volte com os pés na Terra. Somente com as raízes profundas na Terra você será capaz de alcançar os céus mais elevados." ~ Marius Chirila

“A única forma de superar a sombra é nos tornarmos nosso verdadeiro self, e o que for preciso fazer para chegarmos a esse lugar é, na essência, uma experiência religiosa; para algumas pessoas, essa é uma experiência na igreja, na sinagoga, na mesquita ou em um santuário; para alguns, essa é uma experiência da natureza; para outros, é a experiência de segurar o filho nos braços pela primeira vez. A questão não é o que nos leva à experiência, mas o que nos acontece ao chegarmos lá. Algo muda dentro de nós depois de regressarmos ao âmago de nosso ser, ainda que só por um instante. Isso nos dá um gostinho do que é possível dentro de nós e ao redor. Ergue-se o véu que encobre a realidade do amor, a extensão de nosso verdadeiro poder. Uma vez que estejamos realinhados com nossa natureza essencial, teremos o poder para fazer a sombra desaparecer.” ~ Deepak Chopra

“Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é não saber que nós somos poderosos, além do que podemos imaginar. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: ‘Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?’. Na verdade, quem é você para não ser? Você é um filho de Deus. Você, pensando pequeno, não ajuda o mundo. Não há nenhuma bondade em você se diminuir, recuar para que os outros não se sintam inseguros ao seu redor. Todos nós fomos feitos para brilhar, como as crianças brilham. Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós. Isso não ocorre somente em alguns de nós; mas em todos. Enquanto permitimos que nossa luz brilhe, nós, inconscientemente, damos permissão a outros para fazerem o mesmo. Quando nós nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libertará outros.” ~ Marianne Williamson

"Se você negar as sombras , negará metade da Criação. É uma grande armadilha acreditar que tudo é Luz. Você terá que aprender a amar e honrar as sombras tanto quanto ama e honra a Luz. Caso contrário, você girará muito e bem em uma bolha espiritual lindamente arranjada, mas que você sabe que está incompleta. Está incompleta porque tem apenas metade da realidade nela.”~ Debbie Ford

Sugestões de leitura:

*O Efeito Sombra, Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson

*Ao Encontro da Sombra, Connie Zwei e Jeremiah Abrams

*O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz, Debbie Ford


terça-feira, 6 de julho de 2021

Transmutando o Negativo


“Os bons nunca devem sequer discutir o mal que os outros fazem, 

pois isso os contaminará.” 

 “O valor de todo ser humano reside em sua capacidade de purificar 

seus pensamentos, palavras e ações.”

(Sathya Sai Baba)

Se você está entre os que ainda vivem presos e focados nas notícias negativas do mundo, lendo e repassando matérias relativas ao caos deste planeta 3D que desmorona, tenha cuidado. Você está alimentando sua mente com material tóxico e isso tem um preço. Você está literalmente se intoxicando.

Estamos vivenciando os últimos momentos do caos que antecede a grande mudança. Nosso planeta, conforme foi apregoado pela espiritualidade desde os primórdios, passará por uma transição, rumo à quinta dimensão. Por isso, precisamos manter nosso campo energético limpo e descontaminado. Isto não será possível se você se alimentar diariamente das notícias e informações das trevas.

A física quântica está nos comprovando aquilo que a tradição espiritual sempre soube: você atrai para si tudo aquilo em que põe sua atenção. Assim, quanto mais você se alimentar de assuntos luminosos, mais Luz atrairá para si. Da mesma forma, quanto mais focar em assuntos negativos, mais trevas atrairá, ou seja, como um inseto que cai na teia da aranha, você ficará enredado nas forças do caos. Por mais que você abomine essas forças.

Somos ímãs humanos  vulneráveis e sensíveis às energias e vibrações que nos chegam. Estamos ainda preparando nossos corpos para uma vida mais elevada, na quinta dimensão. É um preparo que exige de nós uma purificação interna e externa.

As forças involutivas vão cair. O mantra “A LUZ VENCEU” está correto, simplesmente porque A LUZ SEMPRE VENCE. Não há outra alternativa. Uma comparação simples: pense num quarto escuro e fechado. Assim é a Terra neste momento. Então, alguém entra e abre as janelas ao sol. Para onde foi a escuridão? Ela simplesmente evadiu-se. Simplesmente e instantaneamente. Não há como a escuridão prevalecer quando entra a Luz. É da natureza da Luz vencer. É por isso que dizemos “A LUZ VENCEU”.

No entanto, paralelamente, precisamos compreender que somos nós que COCRIAMOS a realidade. Somos nós que acionamos o interruptor de luz. Somos nós, portanto, que adiantamos ou retardamos o momento fantástico do “A LUZ VENCEU”. O Criador, a Luz, Fonte, o Arquiteto do Universo, Deus, ou como você queira denominar a vibração do Uno que percorre todo o cosmos, dos átomos às estrelas, não é algo de fora que vem nos salvar. Ele está em nós. Somos Ele. Essa vibração divina que permeia tudo e todos não é um ser que virá aqui para ligar o interruptor de luz. Essa Fonte nos inspira. Mas é o nosso dedo que empurrará o interruptor. Cocriadores que somos, é a nossa Luz conjunta que afastará as trevas. Como podemos afastar a escuridão se estamos imersos nela? Enquanto estivermos mergulhados na escuridão e nos alimentando das notícias da escuridão, não enxergaremos sequer o interruptor.

É por isso que nós, os Trabalhadores da Luz(*), devemos manter nosso canal limpo, a fim de atrairmos as vibrações de quinta dimensão que chegam.

Entenda que o mundo 3D está em seus estertores finais. O horror de toda a sombra humana acumulada ao longo dos séculos está vindo à tona agora, para ser limpo, transmutado pela Luz. Assim, quanto mais luz houver, mais rapidamente esse horror será expurgado. Portanto, o MAIOR SERVIÇO que você poderá prestar, nesta fase de transição planetária, é FOCAR NO BEM.

O Trabalhador da Luz é todo aquele que conhece o infinito poder da mente positiva. Ele sabe que dentro da mente está a chave, uma chave que tanto gira para um lado como para o outro. Tanto gira para nos aprisionar (em forma de pensamentos negativos), como gira para nos libertar (em forma de pensamentos luminosos).

A Nova Terra está chegando. Ela virá, inevitavelmente. Cabe a nós acelerar ou retardar o processo. Pense nisso e transmute a sua mente, tornando-a luminosa. Seja um cocriador CONSCIENTE. Permita que os ventos do Espírito Uno levem embora o negativismo trazido pelas notícias negativas, pelas crenças, por todo esse conglomerado escuro que está no ar. Isso requer VIGILÂNCIA. Esteja atento. Assim que vier um pensamento negativo, substitua-o imediatamente por um mantra, uma prece, uma lembrança positiva, qualquer coisa que o afaste. Ou simplesmente pense: “A LUZ VENCEU”. Outro mantra: “EU SOU UM SER ASCENSIONADO E LIVRE. A TERRA É UM PLANETA ASCENSIONADO E LIVRE”.

Há uma linha tênue que divide a alienação dos problemas do mundo e a alienação do nosso Ser espiritual. Nestes tempos tumultuados, podemos – e devemos -  colocar um certo distanciamento das notícias mundanas. Mesmo que não queiramos nos manter ignorantes da situação do mundo, devemos ter o cuidado de nos preservar. Como fazemos isto? Olhando para tudo com um olhar mais zen, mais impessoal. Assim, não permitimos que o caos externo nos desestabilize. Quando olhamos para tudo com os olhos do espírito, conseguimos enxergar a profunda transformação que existe por trás da aparente desagregação.  

Os decretos também ajudam a liberar as más vibrações. Este decreto do Arcanjo Miguel pode ser feito todas as noites, antes de dormir:

"Pelo poder do Eu Sou que eu Sou, eu ordeno e decreto que neste momento tudo o que não for ressoante com a verdade do Criador abandone meu campo; não tem permissão para ficar neste espaço.

Aqui reina a Verdade, a Glória, a Paz, o Amor, a Vida, a Luz."

A Chama Violeta também é de excelente ajuda para expurgarmos e transmutarmos as más vibrações. Link para a meditação da Chama Violeta:

https://youtu.be/kVBip4rgN_E

Pense positivo. A LUZ VENCEU. NÓS VENCEMOS. O PLANETA VENCEU.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Namasté!

Om Mani Padme Hum!

OM Sai Ram!

Allahu Akbar!

(*)Trabalhadores da Luz somos todos nós. Essa compreensão vem com o amadurecimento espiritual. Muitos de nós estamos comprometidos com as forças retrógradas por pura inconsciência. Quando amadurecemos, compreendemos que tudo é Luz e visualizamos o caminho da Fonte Universal e Una.

terça-feira, 8 de junho de 2021

O Fim de uma Era


ESTEJA ABERTO PARA A VERDADE QUE VIRÁ

Vital Frosi

(Psicoterapeuta Reencarnacionista, Orientador espiritual , Formação em Psicologia Transpessoal pela Unipaz)

Amados!

A vida submetida ao véu do esquecimento nunca passou de uma ilusão. Os espíritos encarnados nessa condição, pouca ou nenhuma certeza podem ter para entender situações verdadeiras ou não. O jogo foi jogado sempre às escuras. E o segredo foi exatamente este: expandir a consciência para libertar-se dos véus que provocaram as condições necessárias para a grande noite escura da alma.

Todos os ciclos são assim denominados justamente porque têm um prazo para serem concluídos. Exatamente o que estamos vivendo no presente momento. Há muito mais que o fechamento de um ciclo. É uma série de ciclos, coincidentemente se fechando todos ao mesmo tempo.

Fecha-se aqui a Era de Peixes, que corresponde a 2.160 anos. Fecha-se o ciclo correspondente ao Calendário Maia, de 25.920 anos, tempo em que o nosso Sistema Solar completa uma volta ao redor de Alcyone, o Sol Central das Plêiades. Fecha-se um ciclo maior de 103.680 anos, em que o Sistema Pleiadiano completa uma volta ao redor do seu Sol correspondente ao Braço de Órion, uma minúscula parte periférica da Via Láctea.

E, por fim, também coincide com o fechamento do Grande Ciclo Galáctico, de pouco mais de 205 milhões de anos, tempo necessário para que o quadrante de Órion adentre uma linha na espiral da nossa galáxia.

Todos esses movimentos coincidem como uma dança das peças de um tabuleiro. Obviamente, uma galáxia tem o seu núcleo em forma de Buraco Negro, que nada mais é que o seu Sol Central. A energia que abastece todas as estrelas, planetas e luas, emana desse Sol Central. Em forma de espiral, se espalha do centro em direção à sua borda. Quanto mais periférico é um planeta, menos energia ele recebe.

Assim era o nosso sistema solar com os seus planetas. Pouca Luz e pouca energia chegavam até aqui. Isso favoreceu a ação das forças trevosas, justamente porque o Braço de Órion, frio e com pouca luminosidade, proporcionou o cenário ideal para elas. Então, os espíritos que precisavam passar pelas experiências através da longa noite escura da alma, sempre tiveram aqui as condições ideais para tal fim.

Há muita Luz nessa faixa da espiral galáctica em que a Terra adentrou. Isso é suficiente para elevar o nosso planeta a uma categoria de mundos mais elevados, deixando de ser Base Carbono e passando para uma Base Cristalina. O que provoca essa transição é simplesmente o aumento da incidência de Luz.

A poeira cósmica que gira ao redor da espiral galáctica é atraída pelo seu magnetismo, e quando forma núcleos maciços, cria automaticamente novos corpos celestes que serão os futuros planetas e as futuras estrelas. Posicionados sempre na periferia da galáxia, é também onde está o clima ideal para o surgimento de novas formas de vida; novos tipos de minerais e de espíritos primários, quer sejam recém criados ou que aceitam experienciar mundos em ascensão.

Então, a Terra e sua humanidade agora adentram uma faixa da espiral galáctica, o suficiente para deixar para trás tudo aquilo que era conhecido aqui. De um Mundo de Provas e Expiações, passa para um Mundo de Regeneração; de um Mundo de Terceira Dimensão, passa para a Quinta Dimensão; e de um Mundo formado por energias base carbono, passa para uma constituição base cristalina.

O destino da Terra e de sua humanidade é sempre em direção ao centro, ou seja, ao núcleo da galáxia. Quanto mais perto do núcleo, mais Luz e mais consciência. Esta também é a razão que coloca um fim na ilusão a que a humanidade estava submetida. A Luz clareia e, no claro, tudo se mostra. A verdade finalmente surge para todas as consciências alargadas.

ESTEJA PRONTO PARA A VERDADE QUE VIRÁ! As novas energias irão proporcionar um reposicionamento da humanidade da Terra. Aqueles que estão prontos para continuar neste Planeta com energias mais elevadas, com uma consciência mais alargada, e com uma formação ética/moral mais sólida, seguirão com a Terra sempre em direção ao centro da galáxia.

Já os que não se habilitaram, uma força centrífuga os arremeterá para fora dessa faixa espiral interna, continuando por mais um longo tempo em algum desses novos planetas ainda primitivos e em formação, que surgem eventualmente nas zonas periféricas, frias e sombrias da Via Láctea, ou mesmo em outras galáxias, pois há bilhões delas  pelos universos que compõem o Cosmo.

Um Novo Mundo já está aqui! Mas não será para todos. Se você continuar nas velhas vibrações, ou seja, nas energias que logo serão dissipadas, por força magnética, a Nova Terra não aceitará a sua permanência aqui. A força centrífuga, que faz a limpeza e o expurgo daquilo que não vibra com ela, o colocará para fora dessa faixa que o nosso Sistema Solar acabou de entrar.

Transição Planetária é o processo que o planeta faz, independente da sua humanidade. É um processo natural, dentro do movimento e da dança dos corpos celestes na espiral galáctica. Já a ascensão é relativa às consciências humanas. Cada um faz o seu processo individual. A conclusão das experiências na dualidade, submetida ao véu da ilusão, determina os que atingiram as vibrações necessárias condizentes com as energias da Nova Terra.

A partir de agora, a verdade será soberana em todas as circunstâncias. A manipulação, a mentira, o engano, o domínio sobre tudo e sobre todos vão deixar de existir, pois não haverá mais sombras para esconder tais artimanhas. As consciências despertas estarão permanentemente na LUZ e nada mais pode enganá-las. A sujeira não terá onde se esconder. Tudo será revelado o tempo todo. Os que ainda dormem serão acordados, mas muitos preferirão continuar dormindo. Estes, então, serão os degredados, pois através de suas escolhas, irão para planetas onde ainda impera a escuridão. Lá podem dormir por mais um longo tempo. Sempre haverá novas oportunidades, mesmo que demande  milhares ou milhões de anos.

Esteja aberto para a verdade que virá. Pense ao menos na possibilidade de que aquilo em que você acreditava antes pode não ser mais real. Não é preciso passar pelo martírio e pelo sofrimento dentro de uma transição. Dentro de você existe uma bússola que o leva para o destino ao qual está pronto. Não há nenhuma possibilidade de erro. A Lei da Atração é infalível, pois somos energia, e a energia tanto atrai como afasta. Nada e ninguém pode mudar isso!

Eu sou Vital Frosi e minha missão é o esclarecimento.

Namastê! 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

A Polarização que os Tempos Exigem

Os dicionários de português explicam: “Polarizar - causar a polarização em; atribuir potenciais eletrônicos a dois eletrodos distintos: polarizar uma corrente elétrica."

Hoje é comum ouvir-se, numa discussão, uma pessoa acusar a outra: "Você está polarizado!" Significa que a pessoa está travada numa posição fixa, irredutível.

A polarização, o radicalismo, a falta de flexibilidade nas opiniões, é algo a ser evitado pelas pessoas equilibradas, de bom senso. Entretanto, gostemos ou não, compreendamos ou não, queiramos ou não, a verdade é que nosso mundo está visível e escancaradamente polarizado.

Eu passei um tempo preocupada com isso. Hoje, porém, veio-me uma nova compreensão.

Estamos vivenciando um momento especial, o momento mais especial de toda a conturbada história da humanidade: a transição planetária (ou ascensão planetária). O que significa isto? Significa que todo o nosso sistema solar está ascendendo a um patamar mais sutil, mais aprofundado, dentro do movimento de constante evolução do universo. Assim, nossa Terra e todos os reinos que a compõem estão agora, segundo a visão espiritual, ingressando numa nova oitava na espiral cósmica ascendente: estamos adentrando a quinta dimensão.

Desde os primórdios os Mestres falam do fim desta era, chamada Kali Yuga pelos sábios hindus - a quarta era do ciclo cósmico; a Era de Ferro, da densidade, da obscuridade, dos vícios, da ignorância, da estagnação. O período de duração desta era seria de 432 mil anos, após o que o universo nos proporciona uma nova era: a chamada Era de Ouro ou Sathya Yuga, era da verdade, da luz, do renascimento, da beleza, da transparência, da vitória do Amor sobre as trevas, da volta do ser à sua matriz de origem, a Fonte Primordial, de onde surgiu todo o universo manifestado. 

Arcanjo Miguel e Lúcifer
As notícias que nos chegam dos níveis espirituais, vindas das mais variadas fontes, são no sentido de que, nestes tempos de transição planetária, uma grande batalha está em curso. Uma batalha épica entre os seres da luz e os seres das sombras. Um grande confronto, que faz parte do final de um ciclo, para que a Terra cumpra sua gloriosa trajetória rumo a uma nova dimensão, livre das forças contrárias à luz que querem entravar o seu movimento de evolução. São essas forças escuras que vêm reinando e dominando a Terra, impedindo a humanidade de fazer desabrochar sua verdadeira essência divina. Representam as energias estagnadas, espíritos de baixa vibração, seres que não amadureceram ainda o suficiente para ingressar na nova onda energética.

Então, terminado o período de intensa tribulação, finalmente chega a grande oportunidade de ascendermos, passando para a quinta dimensão. É chegada a hora da separação do joio do trigo, conforme previsto nas escrituras. Essa separação é o expurgo de tudo aquilo que não esteja em consonância com o movimento de ascensão da Terra.

Sim, porque nosso planeta não poderia ascender à nova era luminosa carregando consigo forças retrógradas e obscuras. Por outro lado, os seres que vivem e se alimentam das trevas não estão, obviamente, amadurecidos para viver em um mundo de paz; as forças involutivas, responsáveis pelo caos, não têm condição de suportar a Luz. Por isso, precisam ser vencidas, expurgadas, para que uma nova Terra floresça, de acordo como o que diz o final da Grande Invocação (famosa prece mundial): "...Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o plano de Deus na Terra". (*)

Isto não significa, porém, que as almas banidas se perderão para sempre. O Criador, essência pura do Amor e da Compaixão, dará a esses seres outra oportunidade, encaminhando-os, pela lei da atração, a outro mundo de terceira dimensão, onde terão de cumprir novamente todo um longo processo evolutivo, até que no futuro, outra transição planetária lhes traga uma vez mais a chance de transcender o mundo da dualidade e mergulhar na Unidade Cósmica.

Segundo as leis cósmicas universais, tudo aquilo que ocorre no mundo sutil tem reflexo no mundo material (assim como é em cima, é embaixo). Por isso, a batalha nos reinos espirituais reflete-se aqui na superfície da Terra. Daí a polarização exacerbada. Porque, numa guerra desse tipo, NÃO HÁ ESPAÇO PARA MEIO-TERMO. Só existe um vencedor, que é – E SEMPRE SERÁ – a Luz.

Tivemos tempo de sobra para contemporizações. Milhares de anos. Milhares de revelações. O Uno não economizou, nesse período de preparação, o envio de representantes - seres iluminados que nos trouxeram mensagens de Amor, Paz, União, para todas as raças, em todas as línguas.

Hércules e a Hidra de Lerna

Agora, neste momento cósmico ímpar da nossa história, não há mais lugar para parcialidades. Agora é o tempo da síntese, da decisão, sem “mornidão” (“Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.” – Apocalipse, 3:16). Portanto, não é hora de “meia luz” ou “meia sombra”; é Luz OU sombra. É hora de, como Hércules, limpar os estábulos, empunhar a espada e entrar no bom combate, decepando, uma a uma, as cabeças da Hidra de Lerna (a personificação do mal).

Que fique clara a minha intenção ao escrever este texto. Polarizar não é nenhum ideal a ser buscado. Longe disso. O propagado “caminho do meio” de Buda DEVE ser almejado não só pelos budistas, mas por todo aquele que busca o equilíbrio, o autoconhecimento e a transcendência da dualidade. ISTO EM TEMPOS NORMAIS. Neste decisivo momento de passagem de uma fronteira para outra, a única linguagem possível é a do “sim-sim, não-não”. Ficar no meio da fronteira, na linha do trem, ainda tentando flexibilizar, é se arriscar a ser atropelado pelo trem.

Senti internamente um alívio ao ampliar a minha compreensão de tudo isto. Que saibamos todos tomar a atitude certa no momento certo. Que tenhamos discernimento para saber quando devemos polarizar ou flexibilizar. Que tenhamos a coragem de ressuscitar nosso Hércules interno, sair da acomodação e encarar nossa sagrada missão de Trabalhadores da Luz que somos.

(*) A Grande Invocação é uma oração universal, atribuída à Grande Fraternidade Branca:

Do ponto de Luz na mente de Deus
Flua a Luz à mente dos homens
Que a Luz desça à Terra!
Do ponto de Amor no coração de Deus.
Flua o Amor aos corações dos homens
Que o Cristo retorne à Terra!
Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie a vontade dos homens,
Propósito que os Mestres conhecem e servem!
Do centro a que chamamos Raça dos Homens,
Que se realize o Plano de Amor e Luz
E se feche a porta onde mora o mal!
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam
O Plano Divino sobre a Terra,
Hoje e por toda a eternidade! Assim seja!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Dia Internacional do Silêncio

Hoje, Dia Internacional do Silêncio, é dia de refletirmos sobre nossas barulhentas mentes, sobre nossas barulhentas vidas.

Os tempos em que vivemos andam extremamente ruidosos. Raríssimas almas cultivam o silêncio. 

Desconhecemos que um mero silêncio de 10 ou 15 minutos ao dia poderia nos beneficiar (corpo/mente/alma) de forma muito salutar. 

Silêncio para contemplar. Silêncio para nos aprofundarmos em nós mesmos. Silêncio para nos desintoxicarmos da poluição sonora do nosso entorno.

O caminho do silêncio é o caminho da paz, e o caminho da paz é o caminho natural do nosso ser interno, da nossa essência.

Quando falamos do silêncio, não estamos nos referindo ao silêncio-omissão. Deixar de dizer uma palavra amiga a uma pessoa que sofre; deixar de dar o testemunho diante de uma injustiça é inaceitável. Estamos falando não desse silêncio, mas do silêncio necessário à nossa evolução como indivíduos, como raça. 

O ruído constante nos deteriora; provoca estresse, agitação, falta de concentração. Indivíduos estressados são mais propensos às doenças, bem como à violência, à insanidade.

O mundo precisa urgentemente de pessoas que estejam dispostas a praticar o silêncio conscientemente, como forma de amenizar esse grande caos externo em que se transformou a vida, principalmente nas grandes cidades.

A prática da meditação nos induz naturalmente ao silêncio. No início, pode ser difícil. Com a continuação, torna-se um hábito. Habitue-se a dispensar alguns minutos por dia ao silêncio. Pratique a contemplação por uns instantes. Olhe para a natureza, sinta sua beleza. Ou simplesmente feche os olhos e procure a beleza dentro de si. Ela está lá, esperando por você, como uma jóia não lapidada. A lapidação virá com o seu olhar diário. Olhe para ela, dê-lhe atenção e ela se transformará no mais belo diamante. Esse diamante é você, uma alma divina.

O Silêncio na Palavra dos Mestres e Filósofos


  • “Fique em silêncio; isso vai induzir o silêncio nos outros... Leve com você uma atmosfera de contemplação tranquila, onde quer que você esteja.” ~ Sathya Sai Baba
  • “O silêncio é um amigo que nunca trai.” ~ Confúcio
  • “O silêncio é mais revelador do que todas as palavras do mundo.” ~ Buda
  • “O silêncio é a linguagem de Deus. Todo o resto é má tradução.” ~ Rumi
  • “Senta-te na borda do silêncio; Deus te falará.” ~ Vivekananda
  • “Quando a mente fica quieta a Verdade tem a chance de ser ouvida, na pureza do silêncio.” ~ Sri Aurobindo
  • “O silêncio da mente chega naturalmente, facilmente, sem qualquer esforço, se você souber observar, olhar.” ~Krishnamurti
  • “Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.” ~ Shakespeare
  • “A palavra é prata, o silêncio é ouro.” ~ Provérbio árabe
  • “Silêncio não significa não falar e não fazer coisas. Significa que você não está perturbado por dentro. Se estiver verdadeiramente em silêncio, não importa em que situação se encontre, você pode desfrutar do silêncio.” ~ Thich Nhat Hanh
  • “Na procura de conhecimentos, o primeiro passo é o silêncio, o segundo ouvir, o terceiro relembrar, o quarto praticar e o quinto ensinar aos outros.” ~ Textos judaicos
  • “Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.” ~ Gibran
  • “Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela.” ~ Einstein
  • “Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.” ~ Oscar Wilde
  • “O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura.” ~ Aldous Huxley
  • “Cala-te primeiro se queres que os outros se calem.” ~ Sêneca
  • “Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz.” ~ Shopenhauer

segunda-feira, 8 de março de 2021

Dia Internacional da Mulher 2021

Parabéns a todas as mulheres do mundo, no Dia Internacional da Mulher!

Aproveito para fazer algumas considerações sobre o feminismo.

Nunca fui feminista no sentido de levantar a bandeira, mas respeito o movimento. Acho importante que se ergam bandeiras, sim, que se batalhe por direitos. Quantas conquistas se fez graças aos movimentos de mulheres? Eu só não concordo com a deturpação que fazem de um movimento que poderia ser mais positivo. Explicando melhor:

Um dos pontos em que eu discordo é no que se refere à mulher querer ser igual ao homem no que ele tem de pior. Tipo: "Ah, eles bebem? Vamos beber igual a eles!" "Ah, eles fumam? Vamos fumar também!" "Ah, eles traem, são promíscuos? Vamos imitá-los!" E vai por aí... Para mim, isso é uma imitação grotesca. É querer se nivelar por baixo. 

Devemos sim, ser como os homens no sentido da valorização profissional, no sentido da valorização intelectual e em alguns outros sentidos. A luta para se igualar aos defeitos predominantemente masculinos não é a minha luta.

Jamais a mulher poderá ser igual ao homem. Creio que a questão não é se igualar em tudo. A questão é compreender que o masculino completa o feminino e vice-versa. E cooperar com isto. Fazer uma parceria saudável. Sim, o homem oprimiu e ainda oprime as mulheres. Se reagirmos com ódio, entraremos numa bola de neve e não sairemos do lugar! Pela lei universal inexorável da atração, sentimentos negativos atraem sentimentos negativos!

Outra coisa que considero um erro é colocar todos os homens numa panela só! Sinto nas feministas um ódio generalizado ao gênero masculino. Criamos com isto o contra-preconceito. Não queremos preconceito contra as mulheres, mas criamos o preconceito contra os homens?


Sejamos coerentes, sejamos sensatas. Devemos parar de ver em todo homem um possível enganador, um possível estuprador. Isso é uma generalização horrorosa e injusta com os homens corretos.

Será que não é hora de deixarmos de lado o feminismo e o machismo para sermos todos mais humanistas? Aproveitemos este momento da história em que precisamos, como nunca, desenvolver a solidariedade, a empatia, a união! Paremos com disputas!

Algumas frases interessantes, de mulheres interessantes, para nossa reflexão:

"Nunca me veio à cabeça essa coisa de homens contra mulheres. Quando eu era adolescente, não entendia que ser feminista é apenas esperar que homens e mulheres tenham direitos e oportunidades iguais. O que me parecia era que você odiava homens.” - Taylor Swift, cantora. 

“Não sou feminista. Acho que a sociedade tem que crescer em conjunto. A associação mulher e homem é muito boa e acho um grande erro combater o homem.” – Rachel de Queiroz, escritora. 

“O feminismo masculinizou a mulher.” – I. Barros

"Não me considero feminista. Certamente, eu acredito em direitos iguais. Eu acho que as mulheres são tão capazes, às vezes até mais, em vários aspectos. Mas, parece ter algo de militante e doutrinário nessa questão, isso me incomoda." - Marissa Meyer, presidente do grupo Yahoo.

 “Quanto mais eu falava de feminismo, mais percebia que lutar pelos direitos das mulheres era, demasiadas vezes, sinônimo de ódio masculino. Se há uma coisa que sei com certeza é que isso tem de parar. Para que conste, feminismo é, por definição, a crença de que homens e mulheres deveriam ter direitos e oportunidades iguais.” - Emma Watson, atriz, eleita personalidade feminista de 2014, em discurso seu discurso na ONU, em setembro de 2014.

E como um pouco de humor é sempre bom, lá vai uma frase irreverente do Nelson Rodrigues:

 “As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal acabado!”

Por um mundo em que não precisemos ser machistas ou feministas e sim, companheiros fraternos de jornada. Unamos nossas vozes pelo amor e não pela divisão! Somos todos UM!

Feliz Dia da Mulher!

Editei este vídeo em homenagem às mulheres:

https://vimeo.com/121616566

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Somos Todos Gurus

Um amigo publicou esta enquete no Instagram: “Seguir gurus afeta na busca do autoconhecimento?” Aproveitei o link para escrever o que penso do tema.

Aqui no Ocidente existe um grande preconceito com relação a ter um guru, a seguir um guru. A grande maioria acha que isso é bobagem, ou que vai tirar nossa liberdade. Essa tendência cresce a cada vez que um falso guru é desmascarado. O fato é que não temos essa tradição oriental de eleger alguém para nos ajudar na nossa jornada espiritual. Consideramos isso desnecessário.

Na Índia, ter um guru é tão natural quanto ter um professor de matemática ou português. É ele que vai iniciar o aluno no caminho da espiritualidade, através de conversas, palestras, práticas de meditação.

Entretanto... há que ter um bom discernimento para distinguir um guru autêntico de um falso. O guru autêntico jamais estimulará a dependência do discípulo, pelo contrário; ele nos incitará à liberdade. O falso guru, inversamente, fará o que for possível para tornar seu seguidor um dependente dele. O guru autêntico nos ensina pelo exemplo, pela conduta reta, pelo caráter incorruptível. Ele é capaz de enxergar o nosso íntimo, as nossas virtudes, as nossas fraquezas e, assim, encaminhar nossos passos, com valiosos ensinamentos.

Na verdade, num sentido amplo, temos incontáveis gurus em nossa vida. Todo aquele que cruza nosso caminho e nos ensina algo novo, é, em última análise, um guru. Se estamos abertos, podemos aprender com tudo e com todos. E qualquer criatura, por mais ignorante que seja, tem algo a ensinar. Então, nesse aspecto, somos todos gurus.

Há um conto sufi maravilhoso, que transcrevo aqui, explicando melhor o que quero dizer. Chama-se “Ser Discípulo”:

Quando o grande místico sufi Hasan estava morrendo, alguém lhe perguntou:

- Hasan, quem foi seu mestre?

Ele respondeu:

- Tive milhares deles. Se apenas enumerasse seus nomes, levaria meses, anos, e agora é tarde demais. Mas certamente lhe contarei sobre três Mestres.

Um deles foi um ladrão.

Uma vez me perdi no deserto, e quando cheguei a uma aldeia já era muito tarde, tudo estava fechado. Mas finalmente encontrei um homem, que tentava fazer um buraco na parede de uma casa.

Perguntei-lhe onde poderia ficar, e ele respondeu:

- A esta hora da noite será difícil, mas pode ficar comigo se for capaz de ficar com um ladrão!

E o homem era tão harmonioso - fiquei por um mês! E toda noite ele dizia:

- Estou indo agora a meu trabalho. Vá descansar e rezar.

E quando ele voltava, eu lhe perguntava:

- Conseguiu algo? - e ele respondia:

- Esta noite não. Mas amanhã tentarei novamente, e se Deus quiser...

Ele nunca se desesperava, e estava sempre feliz.

Quando eu meditava e meditava por anos a fio,

e nada me acontecia, muitas vezes havia momentos

em que ficava tão desesperado, tão sem esperanças, que pensava em parar com toda aquela bobagem. E de repente me lembrava do ladrão que toda noite dizia: “Se Deus quiser, amanhã vai acontecer”.

E meu segundo mestre foi um cachorro.

Eu me dirigia a um rio, sedento, e um cachorro apareceu, também com sede. Olhou para o rio, vendo lá outro cachorro - sua própria imagem - e ficou com medo.

Ele latia e se afastava correndo, mas sua sede era tamanha que acabava voltando.

Finalmente, apesar do medo, simplesmente pulou na água, e a imagem desapareceu.

E eu sabia que aquela era uma mensagem de Deus para mim:

“Devemos dar o salto, apesar de nossos receios.”

E o terceiro Mestre foi uma pequena criança.

Cheguei numa cidade, e uma criança estava carregando uma vela acesa. Ela se dirigia à mesquita, para lá depositar a vela. Apenas por brincadeira, perguntei ao menino :

- Você mesmo acendeu a vela?

Ele respondeu:

- Sim, senhor.

E continuei:

- Houve um momento em que a vela esteve apagada,

depois houve outro em que ela se acendeu. Você pode me mostrar a fonte da qual a luz veio?

E o menino riu, assoprou a vela, e disse:

- Agora você viu a luz se indo. Para onde ela foi? Diga-me!

Meu ego e todo o meu conhecimento ficaram despedaçados.

E naquele momento senti minha própria estupidez.

Desde então abandonei toda a minha erudição.

É verdade que não tive Mestre. Mas isso não significa que não fui discípulo - aceitei toda a existência como minha Mestra.

Confiei nas nuvens, nas árvores... na existência como tal.

Não tive Mestre porque tive milhares deles - aprendi de todas as fontes possíveis.

Ser discípulo é uma necessidade absoluta no caminho.

O que significa ser discípulo?

Significa ser capaz de aprender, estar disposto a aprender, ser vulnerável à existência.

Com um Mestre você começa aprendendo a aprender... e muito lentamente você entra em sintonia e percebe que, da mesma maneira, pode entrar em sintonia com toda a existência.

O Mestre é uma piscina onde você pode aprender a nadar. E quando aprende, todos os oceanos são seus...

(Confira nosso blog de contos: https://contosatemporais.blogspot.com.br)