sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Abertura do Portal 999

9 de setembro de 2016 

Dia: 9
Mês: 9
Ano: 2016 (2+0+1+6 = 9)
Segundo o esoterismo, o número nove é o mais espiritual de todos os números, a manifestação da lua divina. Ele encerra em si todos os outros números simples. É o número dos iniciados. Todos os ciclos de desenvolvimento culinam no 9. Perceba alguns exemplos:

- A gestação humana dura 9 meses.
- O dia terreno tem 1.440 minutos (1+4+4+0 = 9)
- O ser humano é gestado por nove meses.
- O coração humano bate 72 vezes por minuto (7+2 = 9)
- A roda do zodíaco tem 36 decanatos (3+6 = 9)... etc.

O portal 9 possibilita uma grande abertura para nós, um salto quântico, para aqueles que estão abertos às mudanças e para aqueles que se ofertaram para o trabalho de cura da terra.

Em consonância com as consciências de cura e todas as almas que participam e têm interesse na cura do planeta, façamos esta meditação/oração:

Meditação da Cura Mundial


No princípio DEUS criou o Céu e a Terra e DEUS disse: que haja Luz, e houve Luz.
Agora é o tempo do novo começo, e EU SOU um co-criador com DEUS
de um novo céu que se aproxima, à medida que a nova vontade de DEUS
é expressa na Terra através de mim.
É o reino de Luz, de Amor, de Paz e Compreensão.
E eu estou fazendo a minha parte para revelar a sua realidade.
Começo comigo mesmo.
Sou uma alma viva e o espírito de DEUS habita em mim sendo eu mesmo.
EU e o PAI somos um e tudo aquilo que pertence ao PAI, pertence a mim.
Em verdade, sou o Cristo de DEUS.
O que é verdadeiro em mim, é verdadeiro em todos,
porque DEUS é tudo e tudo é DEUS.
Eu vejo somente o espírito de DEUS em todas as almas.
E para todo homem, mulher e criança na Terra, eu digo:
EU Amo você, pois você sou eu. Você é meu sagrado ser.
Eu agora abro o meu coração, e deixo a pura essência do Amor Incondicional fluir.
Eu a vejo como uma Luz dourada que se irradia do centro do meu ser e sinto a sua
Divina vibração dentro e através de mim, acima e abaixo de mim.
EU SOU um com a Luz. A Luz me preenche. A Luz me ilumina.
EU SOU a Luz do mundo. Com o propósito da mente, eu irradio a Luz.
Deixo o resplendor anteceder-me para unir-se a outras Luzes.
Sei que isto está acontecendo em todo o mundo neste momento.
Vejo as Luzes se unindo ... Agora, há somente uma Luz.
Nós somos a Luz do Mundo! A Luz una de Amor, de Paz e Compreensão está se movendo. Ela flui através da face da Terra, tocando e iluminando cada alma na sombra da ilusão.  E onde havia escuridão, existe agora a Luz da Realidade.
E o resplendor cresce, permeando, preenchendo cada forma de vida.
Há somente a vibração de uma vida Perfeita agora.
Todos os reinos da Terra respondem, e o Planeta está vivo com Luz e Amor.
Existe união total.  E nesta união pronunciamos a Palavra de Deus.
Que o sentido de separatividade seja dissolvido.
Que a humanidade retorne a DEUS. Que a Paz flua em cada mente.
Que o Amor flua em cada coração. Que o perdão reine em cada alma.
Que a compreensão seja o elo de ligação comum a todos.
E agora da Luz do mundo, a Presença Única e Poder do Universo respondem.
DEUS está curando e harmonizando o Planeta Terra. A Onipotência se manifesta.
Estou vendo a cura do Planeta diante dos meus próprios olhos,
à medida que todas as falsas crenças e padrões errôneos se dissolvem.
O sentindo de separação não mais existe; a cura ocupou o seu lugar, e a sanidade do mundo foi restaurada. Este é o começo da Paz na Terra e Boa Vontade para com todos.  À medida que o Amor flui de todos os corações, o perdão reina em todas as almas e todos os corações e mentes estão unidos em perfeita compreensão e unidade.
Assim é, Assim é, Assim é. Amém, Amém, Amém. Om, Om, Om.

domingo, 15 de maio de 2016

Nossos Pecados Capitais

Agradecendo à amiga Gena Teresa, reproduzo aqui esta excelente matéria para nossa reflexão:


AS SETE DOENÇAS QUE ESTÃO MATANDO A NOSSA HUMANIDADE


Nem toda superstição é religiosa, e uma das superstições mais perigosas de nosso tempo nada tem de mística. Ela consiste na crença de que o desenvolvimento da sociedade sempre é algo positivo, e que na busca pelo progresso deixamos para trás apenas o que é obsoleto.

Sete das mentes mais criativas dos últimos tempos atacaram essa superstição. É verdade, a tecnologia e a evolução dos costumes podem transformar nossas vidas aqui na Terra em um paraíso. Mas é possível que nesse processo deixemos para trás algumas das condições necessárias para uma vida plena, feliz e amorosa – uma vida com sabedoria, em outras palavras. Se desejamos rumar até o paraíso, precisamos saber distingui-lo do inferno.

Para sete pensadores, nossa sociedade está enferma, e eles diagnosticaram as sete doenças que a acometem.

1- A ESPETACULARIZAÇÃO DE NOSSAS VIDAS

Em 1967, o filósofo francês Guy Debord escreveu A Sociedade do Espetáculo, em que propõe que no mundo moderno somos induzidos a preferir a imagem e a representação da realidade à própria realidade concreta.

Para Debord, as imagens, apenas sombras do que existe, contaminaram nossa experiência cotidiana, levando-nos a renunciar à vivência da realidade tal como ela é. Toda a vida em sociedade virou um acúmulo de espetáculos individuais e coletivos, tudo é vivido apenas enquanto representação perante os outros.

Compartilhar status, instagrams, tweets: os palcos e as plateias mudaram, a encenação ficou cotidiana. Na sociedade do espetáculo em que estamos submersos, mesmo os relacionamentos são conduzidos pela mediação de imagens. Passando a intermediar as relações com imagens e simulacros de sentimentos moldados pelas redes sociais, voluntariamente renunciamos à qualquer tentativa de reconhecer os aspectos difíceis e desafiadores dos relacionamentos verdadeiros.

Debord entendia que o real envolvimento em relacionamentos humanos foi trocado por uma identificação passiva com a posição de espectatores recíprocos. Nesse esquema, cada um assiste, curte e compartilha o outro em seu palco particular, aguardando a sua vez de ser assistido, curtido e compartilhado.

Há, assim, um gradual empobrecimento das relações humanas. Isoladas, as pessoas tornam-se intimamente mais inseguras, e portanto mais fragilizadas. Essa fragilização torna os indivíduos mais influencíaveis e facilmente manobráveis.

2- A MENTIRA ENQUANTO NARRATIVA

O filósofo e neurocientista norte americano Sam Harris escreveu em 2013 o livro Lying (Mentindo), na verdade um ensaio em que ele demonstra que a mentira é o pecado que pavimenta todos os demais pecados da modernidade.

Estimular socialmente a necessidade da mentira é uma decorrência lógica de uma sociedade do espetáculo, em que mentir é muito mais do que ocultar a verdade. A mentira chega ao ponto de desconstruir a verdade ao confundi-la com uma narrativa – algo que serve, portanto, ao próprio espetáculo.

Dizer tudo é relativo é um slogan ultrapassado. Agora, tudo é narrativa, e passamos a acreditar que não há nenhum fato que não possa ser redefinido como uma forma de narrativa do protagonista.

Após séculos identificando Deus como A Verdade e o diabo como O Pai da Mentira, a sociedade atual encara o conceito de “verdade” com ironia e ceticismo. Uma das características de nosso tempo é a ideia de que a verdade é relativa, e de que tudo depende do ponto de vista do sujeito. O relativismo moral é uma mentira cuidadosamente elaborada para que ela própria pareça uma verdade.

O problema é que a linha moral entre verdade e mentira é a única que separa nossa caminhada coletiva do rio negro da barbárie e da superstição. E nem precisamos apelar para as virtudes morais do leitor: já está provado que a melhor solução de qualquer conflito humano é a colaboração e a confiança mútua. Assim, a posição de vantagem perceptível a curto prazo torna-se uma enorme derrota logo adiante.

3- O PROTAGONISMO

O produtor britânico Adam Curtis idealizou o documentário The Century of the Self (O Século do Eu). Nessa obra imperdível (disponível aqui legendado), ele demonstra como a publicidade utilizou as teorias psicológicas sobre o funcionamento da mente humana para tentar manipular o desejo do público e induzir todos ao consumo.

Não havia lugar para sutilezas. Um pouco comicamente, algo banal como vender carro na TV utilizava estratagemas que tentavam invocar alguns dos desejos sexuais mais primitivos do espectador. Era cômico, mas eficiente: a venda de carros aumentava. A realidade humana é que talvez seja meio engraçada. Podia-se, portanto, dar um passo além.

Assim, a seguir houve uma evolução menos ingênua e grosseira dessa publicidade, uma forma de explorar os medos e anseios do público para além do comercial de automóveis fálicos. Afinal, porque tentar associar o produto com os desejos íntimos do consumidor se era possível, pela indústria de entretenimento, influenciar e talvez até determinar esses desejos íntimos?

A partir de 1960, o movimento da contracultura ensinou às grandes multinacionais e agências de publicidade que dava lucro desenvolver e disseminar entre a pessoas a noção de individualismo como um estilo de vida.

Daquele momento em diante, os meios de comunicação de massa (cinema, televisão, música popular) passaram a vender a seguinte ideia: somos todos nós indivíduos únicos, especiais, e temos todos o direito de explorar a riqueza luminosa de nossa individualidade.

Disso surgiu o protagonismo. Afinal, numa sociedade em que tudo é espetáculo, a decorrência lógica é que todos, estimulados em seu individualismo, considerem-se protagonistas.

As redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter e Tumblr só querem uma única coisa de nós: que as utilizemos cada vez mais, que as tornemos uma parte indispensável de nossa vida. E o que fazem para isso é criar espaços em que podemos construir nossa imagem pessoal perante os outros de forma que pareçamos protagonistas de uma narrativa interessante.

O protagonismo estimulado pela nossa sociedade torna, subjetivamente, todas as outras pessoas meros coadjuvantes de nossa história pessoal. Todos os outros seres humanos ao nosso redor são considerados apenas na exata medida em que colaboram ou não com o desenvolvimento dessa pequena novela que repetimos a nós mesmos em nossa cabeça.

E um dos aspectos mais nocivos disso é a ideia de protagonismo social, muito difundida no ativismo das redes sociais. Segundo essa proposta, apenas aqueles que se enquadram em determinada categoria minoritária ou oprimida poderiam lutar ativamente contra as condições de opressão. Todos os demais indivíduos deveriam, portanto, permanecer passivos diante da luta, em estado de aprovação bovina. Assim, somente mulheres poderiam protagonizar o combate ao machismo, somente afrodescendentes poderiam protagonizar o combate ao racismo. Segmentando ainda mais a sociedade, essa proposta impede que todos os seres humanos, unidos, lutem contra tudo aquilo que for um problema fundamentalmente humano – como o são os preconceitos.

4- AS RELAÇÕES LÍQUIDAS

Muito já se falou da teoria do sociólogo polonês Zygmunt Bauman sobre a sociedade líquida. Por “líquida” entende-se uma sociedade em que não há papeis sociais rígidos nem certezas sólidas. Tudo, portanto, é fluído e não somos obrigados a assumir um compromisso duradouro com qualquer papel social ou pessoa.

Que emprego escolher, com quem nos casar, que estilo de vida adotar: não há qualquer orientação sobre o que é certo e errado diante de duas escolhas, e tudo o que nos é dito é que temos total liberdade para decidir. O problema é que cada escolha por um caminho implica na renúncia de outro, e disso irremediavelmente surgem dúvidas e a sombra do arrependimento.

Essa liberdade, inserida no contexto da sociedade que impõe ao indivíduo a obrigação de espetacularizar sua vida e expressar uma suposta individualidade de protagonista bem sucedido, é sentida como um fardo. O resultado são indivíduos acometidos de ansiedade constante, inseguros, fragilizados. E pessoas fragilizadas são mais facilmente influenciáveis.

Transportando isso para os relacionamentos, Bauman salienta que a facilidade com que hoje podemos abandonar uma relação, transitando de um envolvimento afetivo para o outro, sempre na busca de uma idealização inalcançável do sujeito amado e do próprio amor, traz também ansiedade e acarreta o empobrecimento das relações humanas.

Como Bauman expõe no vídeo acima, atualmente nós desfazemos nossos elos com os outros com a facilidade de quem desfaz uma amizade no Facebook: basta um clique. Em um planeta superpovoado, parece que sempre há a nossa disposição outras tantas pessoas com as quais estabelecer conexão – o problema é que no final nunca estabelecemos conexões verdadeiras com ninguém.

5- A FALTA DE TEMPO

Em Mal-Estar na Atualidade, o psicanalista brasileiro Joel Birman alerta que a racionalização das práticas sociais usurpou dos indivíduos o controle do seu tempo. A forma como utilizamos nosso tempo pessoal está cada vez mais sendo pré-determinada pelas demandas sociais, impondo que vivamos em um frenesi initerrupto.

Hoje em dia, estamos sempre super atarefados. A sociedade nos seduz com o sonho de sermos protagonistas de nosso espetáculo privado, mas o caminho para esse sonho está ladrilhado com tarefas, microtarefas e toda espécie de atividade que exige nossa constante atenção. Isso consome praticamente todo o nosso tempo desperto.

Como resultado, embora estejamos hoje em dia sempre atarefados, parece que jamais fazemos o suficiente. Disso vem a sensação estranha de que estamos vitimizados pela procrastinação: nunca temos tempo de fazer tudo o que precisamos para cumprir com a promessa de que seremos protagonistas excepcionais.

O problema é que um ponto central de qualquer projeto de vida é a possibilidade de revisarmos nossas decisões e estratégias com atenção e tranquilidade, refletindo detidamente sobre aquilo que estamos fazendo. A pressa nos impede de analisar quais coisas são realmente importantes para nós e quais são as nossas prioridades.

Sem tempo o suficiente para investigar a motivação por trás de cada tarefa cotidiana, desperdiçamos muito de nosso tempo em atividades que podem ser valorizadas socialmente, mas que intimamente significam muito pouco para nós. Mais que isso, sem podemos nos dar ao luxo de perder tempo, deixamos de ter direito ao ócio necessário à criatividade e à fruição dos prazeres.

6- O HIPERCONSUMISMO

O filósofo francês Gilles Lipovetsky cunhou o termo hiperconsumo. Seríamos, neste momento da história, não meros consumidores, mas hiperconsumidores. Em uma estrutura na qual o crescimento econômico depende do consumo crescente da população, estamos todos inseridos numa dinâmica social baseada na compra contínua. Se pararmos de consumir febrilmente, há um colapso da economia.

Não há nada de essencialmente errado com o consumo. O mercado de consumo tem sim seus espaços legítimos de atuação. Porém, a partir de 1970, segundo Lipovestky, ingressamos na fase do hiperconsumo. Trata-se de uma fase essencialmente subjetiva, pois os indivíduos desejam adquirir objetos não pela sua utilidade ou necessidade, mas para aliviarem sua ansiedade de aceitação e integração na coletividade.

Os produtos são consumidos enquanto ato de expressão da individualidade e do estilo de vida do hiperconsumidor. Compramos produtos, mas estamos em busca de sensações, vivências e a construção de uma imagem social que nos traga prestígio.

Gastamos pequenas fortunas em smartphones para não utilizarmos sequer 20% de sua capacidade computacional. Olhamos para as avenidas engarrafadas de nossas cidades e vemos potentes utilitários transportando apenas uma pessoa, o motorista. A construção social da moda e da tendência garante que roupas ainda em perfeito estado sejam enfiadas no fundo do guarda roupa, obrigando-nos a comprar novas roupas que nos protejam da ridicularização social.

O conceito de obsolescência programada, a noção de desvalorização dos bens de consumo adquiridos e o status social associado a novas versões dos mesmos produtos assegura que tenhamos que trocar de carro, smartphone, televisão e computador com uma frequência que é conveniente ao sistema de produção atual, mas irracional do ponto de vista do consumidor e da capacidade de exploração do meio ambiente.

7- A IRONIA

“Não se engane, a ironia nos tiraniza”, vaticinou o escritor americano David Foster-Wallace em seu ensaio E Unibus Pluram. E seu alerta precisa ser levado a sério.

Ironia consiste essencialmente em querer dizer coisa distinta daquela que está sendo expressamente dita, causando o efeito de humor. Portanto, a ironia flerta com a mentira e, ao lado do conceito de narrativa, é outra forma eficaz de deteriorar socialmente o valor da verdade em nossa sociedade. Mas a ironia é ainda mais nociva, pois não para seu trabalho corrosivo por aí – a ironia mina a própria capacidade do indivíduo vivenciar e expressar socialmente sentimentos verdadeiros e significativos.

Não apenas a sinceridade e a paixão estão hoje fora de moda, alerta Foster-Wallace, mas atualmente é sinal de distinção social e de inteligência estar levemente entediado e ostentar uma leve, cínica, desconfiança sobre todas as coisas: expressões faciais, gestos e comentários que informam, com ar de superioridade, que “já vi de tudo nesse mundo”, que “sei que nada é o que parece ser” e que “acho tudo isso que você leva tão a sério muito engraçado”.

A ironia que começou como um espírito de vanguarda no passado, do qual dotadas as pessoas mais inteligentes e sagazes, tornou-se agora uma cultura de massa. Os meios de comunicação, segundo Foster-Wallace, utilizam elementos do pós moderno como a metalinguagem, o absurdo, o sarcasmo, a iconoclastia e a rebelião e os modela para fins de consumo.

A partir de então, a ironia, que antes era um instrumento fortalecedor do espírito contra os dogmas e as crenças sacralizadas mas opressoras, tornou-se uma força debilitante do próprio espírito humano. Pois a ironia é a forma irreverente de o desprezo anunciar que está chegando.

Citando o poeta americano Lewis Hyde, Foster-Wallace expõe que “a ironia tem uma utilidade apenas emergencial, e estendida no tempo, torna-se a voz do prisioneiro que passou a gostar de sua cela”. Ela perde seu potencial contestador e torna-se uma forma sarcástica de conformar-se e adaptar-se a tudo aquilo que nos limita. Pois a ironia também atinge as aspirações a gestos heróicos e elevados sentimentos.

A ironia, embora realmente prazerosa, tem uma função essencialmente negativa, pois é crítica e desconstrutiva, “boa para limpar o terreno”. Porém, a ironia, após seu trabalho de destruição e depuração, é incapaz de construir algo verdadeiro, é inábil em propor a criação de algo que substitua, e para melhor, aquilo que ajudou a destruir.

Ilustrações nossas (fotos da Internet).


segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Lição dos Lobos

Os estudiosos da vida animal sabem: ao iniciar uma jornada, os lobos escolhem os animais mais velhos e doentes para ficar à frente da matilha. São eles que vão marcar o ritmo de caminhada de todo o grupo. Se não fizessem assim, os mais vulneráveis terminariam sendo deixados para trás e se perdendo. 

O hábito também tem outro sentido: no caso de emboscada, os mais velhos, estando à frente, dão sua vida em sacrifício pelos mais jovens. No entanto, junto dos mais fracos vão os cinco mais fortes, para defendê-los no caso de um ataque surpresa.

Pela ordem, seguem, no centro, os demais membros da alcateia, e, atrás destes, vão os outros cinco mais fortes, para proteger o grupo. Por último, sozinho, segue o lobo “Alpha”, o líder da alcateia. Nessa posição ele consegue controlar tudo ao redor, decidir a direção mais segura que o grupo deve seguir e antecipar os ataques dos predadores.

Resumindo, a alcateia viaja ao ritmo dos anciões e sob o comando do líder que impõe o Espírito de Grupo, não deixando ninguém para trás.

“O verdadeiro sentido da vida, não é chegar primeiro, mas chegar todos juntos ao mesmo destino”.

Nossa civilização seria outra se aprendêssemos mais com os animais.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Mensagem de Luz

Aos Trabalhadores da Luz

Recebemos esta orientação e repassamos, por considerá-la importante:

"A orientação da alta espiritualidade do Nosso Lar aconselha que pelos próximos dias aumentemos a vibração em nossos lares... Hoje a partir das 23:00 hs já sentiremos a presença dos espíritos de alta vibração que estão sendo encaminhados pela Ordem Samaritana para começar a limpar a energia para o novo ciclo que se iniciará em breve...(essa orientação não se refere a situação política)...
Mas ao Ciclo Energético Humano... curas ocorrerão...perdões serão encaminhados...a paz começará a ser semeada...

Partindo desses poucos lares conseguiremos estabilizar e potencializar a energia necessária para a transmutação.

* Dr Adolfho Bezerra de Menezes. (E.L.B.).

Para facilitar o acesso e a limpeza em seus lares dessas equipes espirituais,quem puder e quiser pode reproduzir no ambiente a música "Adiemus"de Karl Jenkins durante alguns minutos! Obrigado e Luz a todos. Segue o link da música:


No entanto, podemos usar mantras que elevem a nossa vibração ou música suave, clássica ou new age de qualidade!


TRABALHEMOS PELA PAZ NO NOSSO CORAÇÃO, EM PRIMEIRO LUGAR. DEPOIS, NOS NOSSOS LARES, NA NOSSA CIDADE, NO NOSSO PLANETA!


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Estamos Educando ou Despreparando?

A matéria abaixo não é nova, mas é atual, por isso reproduzo-a aqui. É altamente educativa. É para aqueles que realmente se importam não somente com seus filhos, mas com o futuro da própria humanidade. 
Que tipo de educação estamos dando aos nossos filhos? Já reparou que a educação moderna trata de tudo, menos de humildade? Já reparou como as crianças e os adolescentes de hoje estão cada dia mais arrogantes e donos da verdade? 
Estamos vindo de uma geração onde a tônica era a repressão. Quando se está num extremo da balança, a tendência é correr para o outro extremo, e foi exatamente isto que fizemos: da repressão à liberdade. Esquecendo que os dois extremos são perniciosos. De um lado, a criança reprimida torna-se, entre outras coisas, insegura. Do outro, a criança sem limites torna-se um tirano, incapaz de lidar com a dor e a frustração.

O artigo é longo, mas vale a pena ler em todas as suas vírgulas. Ler e refletir. Não estamos aqui para proporcionar tudo o que nossos filhos querem. Estamos aqui para orientar, indicar caminhos. Eles é que terão de conquistar seu próprio espaço.

Meu filho, você não merece nada

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

(Texto de Eliane Brum, considerada das três mais admiradas jornalistas brasileiras, em 2015. Publicado na Revista Época)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Reflexões de Ano Novo



“O Ano Novo chega regularmente, ano após ano. Mas vocês têm alguns pensamentos novos? Vocês não largam suas ideias antigas e erradas. Elas deveriam ser abandonadas, dando lugar a pensamentos novos, sagrados e sublimes. Qual é a utilidade de celebrar os dias de Ano Novo se vocês não mudam sua velha maneira de pensar e se comportar? Façam um uso adequado do tempo, que é igualmente precioso e sagrado. Não se deliciem com tagarelices inúteis. Desenvolvam boas qualidades, como compaixão, amor e solidariedade. (...)Acima de tudo, coloquem sua confiança em Deus.” – Sathya Sai Baba

“Para o Ano Novo, meu maior desejo e minha maior oração para você é que se descarte dos hábitos errados de pensamento e ação. Não arraste seus maus hábitos para o Ano Novo; você não tem que carregá-los junto. Em qualquer momento você pode ter que abandonar o seu pacote mortal e os hábitos desaparecerão. Eles não lhe pertencem agora. Não os reconheça! Abandone todos os maus hábitos, pensamentos inúteis e tristezas passadas. Comece uma vida nova!” - Paramahansa Yogananda 

“Esta e só esta pode ser a resolução de ano novo: 'Eu resolvo nunca fazer qualquer resolução porque todas as resoluções são restrições do futuro. Todas as resoluções são prisões'.” – Osho

“Abram-se à luz interna de seus próprios corações, e permitam que se tornem completamente radiantes, assim podem tocar outros corações. Isso pode tomar um pouco do seu tempo, portanto quanto mais cedo começarem, melhor. Nosso reino está esperando todas as luzes estarem brilhando, pois elas vão iluminar as dimensões entre nós.” – Saint Germain

"A felicidade do Ano Novo depende de nós. Eu gostaria de expressar minhas saudações e Feliz Ano Novo. Na verdade, se o próximo ano tornar-se feliz ou miserável, depende de nós. No primeiro dia do Ano Novo, devemos ser mais determinados a sermos mais sinceros e seres humanos compassivos. E tentar criar a paz interior em primeiro lugar dentro de nós e em seguida, compartilhar com outras pessoas para construirmos um ano feliz." – Dalai Lama

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Chama da Fraternidade

Vivemos dias de perigo. A sombra da humanidade nunca esteve tão grande e tão pesada, ameaçando engolir-nos a todos. No entanto, os trabalhadores da Luz não podem, por mais escura que seja a situação, deixar de acreditar na Luz. O poder do Amor é infinitamente superior a qualquer outro poder. A Terra irá conquistar uma nova era, a prometida Era de Ouro, onde vivenciaremos todos a legítima fraternidade. Nem nos mais elevados devaneios poderemos vislumbrar o que seja viver em paz e comunhão interna de almas! Este é o destino da Terra. Este é o destino de todos nós. Somos divinos. 

Acordemos nosso cristal luminoso, que se aloja no fundo de nossas almas. Pedimos às pessoas de boa vontade que, ao recitar esta oração, imaginem o nosso planeta vivendo finalmente o seu propósito universal de paz, com as pessoas de diferenças raças e religiões se dando as mãos.

ORAÇÃO DA FRATERNIDADE

Senhor Deus,
Nós  pedimos Paz para o nosso planeta;
Agradecemos por sermos diferentes,
Pois cada um de nós é uma criatura única,
Mas reconhecemos que todos somos irmãos,
Pois pertencemos a uma mesma família 
que é a humanidade.
Rogamos, Senhor, que todos os seres 
de todos os povos possam estar felizes.
Pedimos por todos os países,
Por todos os homens de todas as religiões, 
raças e classes sociais.
Que todos possamos viver 
em paz, amor e em comunhão,
Num verdadeiro espírito fraternal.


PASSE ADIANTE ESTA ORAÇÃO! VAMOS MANTER A CHAMA DA FRATERNIDADE!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Equinócio da Primavera

Celebra-se hoje o primeiro dia da Primavera.

Na Astronomia, entende-se como equinócio o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).

A palavra equinócio vem do latim aequus (igual) e nox (noite), ou seja: “noites iguais“, porque, nessa ocasião, o dia e a noite duram o mesmo tempo.

Os equinócios definem as mudanças de estação. Eles ocorrem nos meses de março (marcando o início do outono no hemisfério sul e da primavera no hemisfério norte) e setembro (início da primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte).

Muitas culturas antigas, num tempo em que o homem era mais ligado à terra e tudo girava em torno das estações e das colheitas, costumavam celebrar o equinócio de Primavera com muita alegria. 

Os celtas, por exemplo, criaram um ritual: o ritual de Ostara, festejando o momento do giro da roda do ano em que o poder da luz ganha ascendência sobre o poder das trevas. Exatamente a partir desse dia onde a duração da noite e do dia são iguais, a luz começa a ganhar força, vencendo a escuridão e tornando, daí por diante, os dias mais longos que a noite. É o início da época da semeadura. O início do plantio físico e espiritual.

Nós também podemos aproveitar o momento para um contato maior com a natureza, realizando passeios ao ar livre, sentindo a energia renovadora da Terra. Enfeitar a casa com flores atrai boas energias. Banhos perfumados também são bem-vindos, assim como acender velas perfumadas.

Pensamentos de Primavera

"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la." (Cecília Meireles)

"Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira." (Idem)

"Primavera não é uma simples estação de flores, é muito mais, é um colorido da alma." (Jaak Bosmans)

"Sejamos como a primavera que renasce cada dia mais bela… Exatamente porque nunca são as mesmas flores." (Clarice Lispector)
“Se pudéssemos ver o milagre duma simples flor, toda a nossa vida mudaria.” (Buda)

"A primavera chega e a grama cresce por si mesma... tudo isso é fruto do silêncio absoluto." (Osho)

Oração da Primavera


Que a primavera nos traga,
pelo perfume das flores e das ervas,
pelo canto das aves e o zumbido dos animais,
a percepção de um modo único e sagrado.

Que a primavera nos traga,
pelo murmúrio dos riachos e nascentes,
pela brisa suave que nos traz as vozes das árvores,
a noção de que o Amor entre as criaturas da Terra
é o Caminho para que todos cresçamos.

Que a primavera nos traga,
pelo calor confortável do sol sobre nossas cabeças
e pela luz brilhante a refletir nos lagos e na relva úmida,
a ciência de que somos responsáveis por tudo o que nos rodeia,
e pela restauração da Vida.

Que as flores venham!
Que venham os pássaros!
Que venha a Primavera!
Que tudo seja doce e florido!
Que a cada dia tenhamos alegria e prazer de viver!
Que assim seja, que assim seja, que assim seja!


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Dia da Árvore - Reflexões

No Dia da Árvore, uma vez mais não temos o que comemorar, mas o que refletir. 

Se o que a humanidade quer é destruir qualquer possibilidade de vida no planeta, basta continuar a devastação das nossas florestas. Mas se o que queremos é preservar o futuro daqueles que herdarão a Terra, façamos alguma coisa. Urgentemente. Gritando, denunciando, deixando de lado a omissão e a impassibilidade!

A realidade das nossas matas, hoje, é grave demais. Da nossa Mata Atlântica, que originalmente estendia-se por toda a costa nordeste, sudeste e sul do país, restam apenas míseros 7%.

Amazônia: somente no ano passado, a Amazônia perdeu de floresta o equivalente a 701 mil campos de futebol. Já conseguimos desmatar quase 20% deste magnífico bioma.
Árvore amazônica e índios. Foto de Araquém Alcântara

Grande parte do desmatamento deve-se à pecuária. Com o aumento da população, mais e mais áreas são necessárias para a criação de gado. Por que não podemos mudar o hábito de comer carne, hábito este pernicioso à saúde? Quando pararemos? Por que é tão difícil uma mudança de paradigma? Seguiremos derrubando florestas até quando não mais restar oxigênio para respirarmos?

“Só quem anda por aqui é que sabe que a grande floresta não tem mais como suportar, atingiu o seu limite. Ela está realmente se fragmentando e já é possível prever uma Amazônia dilacerada, sem produzir chuva e completamente modificada na sua fisionomia original. A destruição da floresta escancara nosso descaso, nossa conivência com o crime inominável. Estamos permitindo a desertificação do maior laboratório científico de nossa civilização, sem ao menos conhecê-lo e estudá-lo. O que dói na alma é que os cientistas afirmam que dentro desta mata dilacerada é possível existir milhares de produtos que podem revolucionar a saúde do planeta." Assim desabafou o fotógrafo e jornalista Araquém Alcântara em seu manifesto "A Ferro e Fogo".

Árvores & Pensadores

  • "Sem a Floresta Amazônica nosso futuro está condenado a dormir para sempre no passado.” -  Sandra Mara Ortegosa 
  • "A árvore, quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira." - Provérbio árabe
  • "Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro." - Provérbio indígena
  • "Quando uma árvore é cortada, ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz." - Tom Jobim 
  • “Se por amor às florestas um homem caminha por elas metade do dia, corre o risco de ser considerado um vagabundo. Mas se usa seu tempo para especular, ceifando a mata e tornando a terra careca antes do que deveria, ele é visto como um cidadão industrioso e empreendedor”.  - Henry David Thoreau 
  • “Entre as imagens que mais profundamente marcaram minha mente, nenhuma excede a grandeza das florestas primitivas, poupadas da mutilação pela mão do homem. Ninguém pode passar por essas solidões intocado, sem sentir que existe mais dentro do homem do que a mera respiração do seu corpo”.  - Charles Darwin
  • “Se soubesse que o mundo se acabaria amanhã, eu ainda hoje plantaria uma árvore.” - Martín Luther King 
  • “A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.”  - Monteiro Lobato 
  • “Um homem é rico na proporção do número de coisas que ele tem poder de deixar intocadas.”  - Henry David Thoreau 
  • “Nesses tempos de céus de cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes.” - Mário Quintana 
  • "As árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e transformamos em papel para registrar o nosso vazio." - Khalil Gibran 
  • “O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois árvore.”  - Manoel de Barros
  • “A natureza é uma grande pregadora de verdades espirituais. Por exemplo: considere uma árvore. Ela suporta calor e chuva, verão e inverno, e todo o dano que lhe é causado. Ela oferece sombra e frutos a quem dela se aproxima. Ela não tem sentimento algum de ódio, ou vingança, para aqueles que lhe causam danos. Ela não espera retorno algum daqueles que se beneficiam dela. Todo mundo deveria aprender com a árvore essa lição de serviço abnegado e paciência.” – Sathya Sai Baba 
PLANTE UMA ÁRVORE! DENUNCIE DERRUBADAS ILEGAIS! O PLANETA É NOSSO NÃO APENAS PARA USUFRUIRMOS DELE, MAS PARA PRESERVÁ-LO!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Momento de Introspecção

“O melhor trabalho político, social e espiritual que podemos fazer é parar de projetar nossas sombras nos outros.” 

(Carl G. Jung)

Estamos num momento em que a sombra não pode mais ser escondida. Ela simplesmente está explodindo à nossa frente, aos nossos olhos atônitos. A sombra da humanidade, que é a soma da sombra de todos nós, tem hoje a dimensão de uma nuvem gigantesca e escura, pairando sobre a Terra. Para vê-la, basta um clique. As cenas do nosso declínio desfilam hoje diante de nós sem que precisemos sair de casa, bastando apertar a tecla de um controle remoto ou um celular.

“Fiquei petrificada” – disse a fotógrafa ao registrar a imagem da criança séria, de apenas 3 anos, afogada no mar ao tentar fugir dos horrores da guerra com sua família. Será esta imagem o empurrão que falta para percebermos o fracasso total e acachapante da nossa dita “civilização”? Precisamos de mais o quê para acordarmos?

Somos todos um, é o que nos diz a física quântica. Fazemos todos parte de uma grande teia. É por isso que nossas sombras se somam. E a sombra unida de todos nós já não pode mais ser ignorada ou contida. Ela extrapolou. Tudo porque a humanidade evoluiu tecnologicamente, mas negou-se a trabalhar o conteúdo da própria psique. Por medo. Afinal, sempre foi assim. Nossos pais nos ensinaram a reprimir nosso lado sombra; eles já haviam aprendido com os nossos avós, que também foram treinados pelos nossos bisavós... e daí por diante. 

Aprendemos que é feio ter uma sombra. O melhor é fingir que não temos. O melhor é pensarmos que somos puros e perfeitos. E o que temos feito é isto: adiar o momento do confronto... conosco mesmos. Adiamos e adiamos por séculos. E agora estamos num impasse. O mundo transformou-se num palco de areia movediça onde as forças do caos mostram a sua cara, sugando tudo ao seu redor.

O desequilíbrio que vemos externamente em todos os segmentos da sociedade está nos enviando uma mensagem. A mensagem é exatamente esta: “Olhe para mim! Não me ignore mais!”. Os estertores do nosso modelo equivocado de civilização, valorizando sempre a vida externa sem o aprofundamento da vida interna, são o alerta que precisamos para mudar. Isso é urgente, não dá mais para adiar.

Jung
Jung disse, em 1945: "Uma pessoa não se torna iluminada ao imaginar formas luminosas, mas sim ao tornar consciente a escuridão. Esse último procedimento, no entanto, é desagradável e, portanto, impopular."

O estudo da sombra continua impopular. Não queremos olhar para a nossa sombra, não queremos nem saber que temos sombra! E tudo aquilo que não queremos ver ganha força sobre nós. Escondida nos recônditos do nosso ser, é a sombra que sabota nossas vitórias, nossos relacionamentos, nossa paz.

Ter uma sombra não é motivo de susto ou de vergonha. Todos nós temos uma sombra. Aceitar isto é o primeiro passo para uma mudança interna de paradigma. Se existe a coragem é porque existe o medo; se existe o quente é porque existe o frio; se existe o bem é porque existe o mal. Portanto, todas as coisas têm o lado dito “positivo” e o lado “negativo”. São polaridades apenas.

Aceitação é uma das chaves. Olhar, reconhecer e aceitar. E autovigiar-se. Prestar atenção particularmente aos momentos de raiva ou irritação. Parar de apontar. Parar de julgar e jogar no outro a responsabilidade sobre nosso humor. O poder não está fora, está dentro. Ninguém tem o poder de nos fazer felizes ou infelizes, belicosos ou pacíficos. O descontrole existe porque guardamos dentro de nós um conteúdo que desconhecemos e negamos por séculos. Teve uma crise de raiva porque o outro o ofendeu? Pare, reflita. O outro simplesmente foi o agente que desencadeou seu sentimento. Você não está com raiva porque o outro o ofendeu. Você está com raiva porque a raiva estava reprimida, dentro de você, aguardando uma chance para aparecer.

"Decifra-me ou devoro-te", parece dizer a esfinge. Com a sombra é a mesma coisa. Ou decidimos olhar para esse compartimento dentro nós guardado a sete chaves, ou perderemos o bonde da própria vida. Outra encarnação. Outra tentativa.

A hora do salto quântico é agora! Todas as forças do universo se movem para que tenhamos essa oportunidade! Ampliar nossa consciência sem olhar para a sombra é impossível, ilusão pura. Ampliemos. Aprofundemos. Já prorrogamos demais. Paremos com todo esse circo de horrores. Paremos de projetar, projetar, projetar no outro aquilo que não queremos ver em nós.

Precisamos, com amor e união, reescrever a nossa história. Com muita coragem, determinação, amor. Olhar para dentro. Aprofundar-se. Autoconhecer-se. Isto é levar luz para a sombra. E qualquer sombra desaparece com a luz. 

Recomendo o estudo dos livros: "Ao Encontro da Sombra" - Ed. Cultrix; e "O Efeito Sombra" - Ed. Lua de Papel.