sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Normose: você sofre desse mal?

"Deus me livre de ser normal." (Prof. Hermógenes)

Normose: "conceito de filosofia para se referir a normas, crenças e valores sociais que causam angústia e podem ser fatais, em outras palavras 'comportamentos normais de uma sociedade que causam sofrimento e morte'. Dessa forma os indivíduos que estão em perfeito acordo com a normalidade e fazem aquilo que é socialmente esperados acabam sofrendo, ficando doentes ou morrendo por conta das normoses. É comum justificar a manutenção de um comportamento não saudável por ser normal, algo que 'todo mundo faz', porém essa justificativa é falaciosa e acaba apenas perpetuando uma sociedade cheia de normoses". (Wikipédia) 

Reproduzimos, para reflexão, o texto que se segue:

“Ser ajustado a uma sociedade profundamente doente não é sinal de saúde”. (Jiddu Krishnamurti)

Alguns já estão familiarizados com o conceito de “normose” e também com o trabalho do educador e psicólogo francês Pierre Weil (1924-2008), Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris e autor de “A Neurose do Paraíso Perdido”, “Antologia do Êxtase” e “As Fronteiras da Evolução e da Morte”, mas talvez alguns ainda não estejam com a história pessoal que levou Pierre a se perceber um normótico em si mesmo e, a partir daí, a tomar um rumo diferente e a trabalhar profissionalmente, como psicólogo e palestrante, esse novo conceito. No texto abaixo, Pierre conta parte dessa história, fala de como saiu de uma infelicidade pessoal, de uma separação e de um câncer para o Tibete, para o ioga e para a fundação da UNIPAZ, a conhecida universidade da Paz fundada em Brasília em 1987.

Um dos problemas das correntes da normose é que elas são inconscientes e silenciosas. Mas, como Pierre afirma no texto abaixo, de sutis e fracas elas não tem nada: a normose é “um processo psicossociológico que ameaça a humanidade e as outras espécies vivas no planeta Terra, uma verdadeira fonte de sofrimentos e de tragédias, das mais diversas proporções”.

“A normose pode ser considerada como o conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir aprovados por um consenso ou pela maioria de pessoas de uma determinada sociedade, que levam a sofrimentos, doenças e mortes. Em outras palavras: que são patogênicas ou letais, executadas sem que os seus autores e atores tenham consciência da natureza patológica.” ~ Pierre Weil

“NORMOSE” [TRECHOS]
Por Pierre Weil

“(…) A maneira mais simples de fazê-los entender do que se trata será contando um pouco do que se passou comigo há algumas décadas. Isso nos levará, ao mesmo tempo, aos aspectos pessoais e sociais que levaram à criação do conceito de normose. Lembro-me da crise existencial pela qual passei aos trinta e três anos de idade. Com o conhecimento que tenho hoje, identifico-a como conseqüência de uma normose. Foi, tipicamente, a crise de um normótico que ainda não sabia nada a respeito da normose. Fazia prosa sem o saber, como diz um jargão popular.

Por que afirmo que eu era normótico? Minha crise ocorreu por eu ter procurado ser normal, de ter realizado o que uma sociedade recomendava e recomenda até hoje sobre o que é ser um homem bem-sucedido. A sociedade, por meio dos meus pais, moldara um ser humano bem-sucedido aos trinta e três anos. Um homem de sucesso porque eu tinha tudo: tinha a minha residência, tinha a minha casa de campo, tinha a minha piscina, tinha meu cargo na universidade, tinha o meu cargo junto ao presidente do maior banco da América Latina, tinha o meu consultório, tinha o meu livro best-seller, tinha entrevista na televisão, tinha, tinha, tinha, tinha… E minha normose era, justamente, ter. Havia introjetado toda uma civilização do ter. Eu tinha, tinha tudo e estava muito infeliz, não era um homem realizado. Conformado a este contexto, eu acabei tornando-me normótico.

Por quê? Porque eu segui a norma que me levou à patologia: a patologia moral – era profundamente infeliz; a patologia social – me divorciei porque, quando se está infeliz, culpam-se os outros; e uma patologia orgânica – a separação me levou a fazer um câncer. Então, já temos o conceito da normose: é o conjunto de hábitos considerados normais e que, na realidade, são patogênicos e nos levam à infelicidade e à doença. Embora resumida, é a definição que eu tenho seguido até hoje, muito útil e clara. Para sair da normose, deitei no divã do psicanalista e resolvi aprender e praticar ioga. Foi numa sessão de ioga que descobri a relatividade do conceito de normalidade. Vou contar a história, pois é muito ilustrativa. Todas as quartas-feiras à noite nosso grupo se reunia e o professor nos fazia relaxar, com música, e meditar. Depois, cada um relatava a sua experiência. Um dizia: eu vi um ser.

Outro: eu vi cores. Outro ainda dizia: eu vi formas. Um mais: eu tive uma inspiração maravilhosa. E, quando chegou minha vez, eu disse: gente! Eu estou tapado. Eu não estou vendo nada! Isso transcorreu durante um ano. Foi aí que comecei a observar a relatividade do conceito de normalidade: nesse grupo, todo mundo tinha visões e eu não. Então, o grupo era normal e eu era anormal. Lá fora, nos dois milhões de habitantes de Belo Horizonte, quase ninguém tinha visões. Então, eu era normal e o grupo era anormal. Foi quando comecei a cogitar sobre a relatividade do conceito de normalidade.

A fantasia da separatividade

O estudo da ioga me levou ao hinduísmo, ao budismo e ao conceito de maia. Constatei que essa nossa maneira de ver as coisas é uma fantasia. Mais tarde, eu a denominei de fantasia da separatividade.
Quando criamos a Universidade Holística, ao fazer o estudo da gênese da destruição da vida no planeta, descobrimos que sua raiz está em que consideramos a ilusão como normal. É um conceito provido de consenso social, que pode levar ao suicídio da humanidade. A isso se acrescentou, então, a noção de consenso: uma crença partilhada por uma maioria.

Os estudos de ioga me levaram a fazer um retiro com lamas tibetanos. Fui para esse retiro especialmente para entender por que os tibetanos insistiam Maia: termo sânscrito, que significa ilusão, em seu sentido mais geral. tanto no caráter do sonho em nossa vida cotidiana. Ou seja, a semelhança entre o estado de consciência de vigília e o onírico. E lá eu aprendi, por mim mesmo, por meio do sonho lúcido, que a nossa vida cotidiana é como se fosse um sonho. Não tem muita diferença não. E todos acreditam nesse sonho. Voltamos à noção de normose e de consenso.

Um dia, em 1986, ao sair do retiro tibetano, Jean-Yves Leloup me convidou para um simpósio sobre a normalidade, no Centro Internacional de Saint-Baume. O local era um tipo de universidade holística, com um ambiente como o da Unipaz, que ele dirigia, no sul da França. Lá se encontrava e podia ser visitada a gruta onde Maria Madalena se refugiou depois da passagem de Jesus. E lá, a seu pedido, proferi uma palestra sobre as anomalias da normalidade.

Então, surgiu a ideia de que a normalidade podia ser patológica e patogênica. Todo o seminário versou sobre a definição do que é normal, tarefa nada fácil. O que é normal, afinal? De qualquer forma, a criação do conceito de normose nos força a buscar definir o que não o é.

Um conceito que me trabalhou

Fiz uma experiência em que procurei colecionar todas as atribuições que se costuma fazer às pessoas julgadas anormais. Por exemplo: você é um i*****; você é um irresponsável; você é maligno, etc. Fiz uma coleção de umas trinta ou quarenta epítetos. Em seguida, traduzi-os ao seu contrário, pensando que, talvez dessa forma, poderia definir o que é normal. Para surpresa minha, saiu uma lista do que é um santo. Por esse procedimento empírico, um ser normal seria um santo. Será? Deixo a ideia para reflexão.

Depois disso, o conceito de normose ficou me trabalhando porque um conceito novo nos trabalha. De vez em quando, eu o usava nas palestras. Notei que, a cada vez que pronunciava a palavra normose, as pessoas riam muito. Percebi, então, que a reflexão estava mexendo com alguma coisa fundamental. Inquietava as pessoas. Pouco a pouco me dei conta, entretanto, que esse é um conceito fundamental em psicologia, em sociologia, em antropologia, em educação e nas demais disciplinas e áreas de atuação humana. Mais ainda: evidencia um processo psicossociológico que ameaça a humanidade e as outras espécies vivas no planeta Terra. Uma verdadeira fonte de sofrimentos e de tragédias, das mais diversas proporções. Foi quando realizei uma primeira classificação das normoses. E continuo descobrindo outras em minhas reflexões cotidianas. (…)

A característica comum a todas as formas de normoses é seu caráter automático e inconsciente. Podemos falar, no caso, do espírito de rebanho. A maior parte dos seres humanos, talvez por preguiça e comodidade, segue o exemplo da maioria. Pertencer à minoria é tornar-se vulnerável, expor-se à crítica. Por comodismo, as pessoas seguem ou repetem o que dizem os jornais; já que está impresso, deve estar certo! Quantas pessoas aderem a uma ideologia, religião ou partido político só porque está na moda ou para ser bem vistas pelos demais?

Uma maneira disfarçada de manipular as opiniões e mudar os sistemas de valores é anunciar que são adotados pela maioria da população. Nesse sentido, toda normose é uma forma de alienação. Facilita a instalação de regimes totalitários ou sistemas de dominação. (…)

A tomada de consciência da normose e de suas causas constitui a verdadeira terapia para a crise contemporânea.”

Fonte:

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Convocação Mundial Pela Paz

Com o fim de ajudar o nosso planeta e todos os seus habitantes a trazer Luz ao Novo Mundo que deverá surgir, convoco a todos os que desejam servir à Luz, a todos os que, como nós, sentem a necessidade de afirmar o compromisso de vibrar e de sustentar permanentemente essa nova energia, em sua máxima intensidade.

Trata-se de uma iniciativa urgente e vital para criar as condições necessárias para o salto quântico que permitirá trazer a Luz a nós mesmos e, em última análise, ao mundo em que vivemos. Para tanto, basta afirmar com plena convicção, em voz alta, de coração aberto e com total comprometimento:

“EM NOME DA ESSÊNCIA QUE ME HABITA, EU MANIFESTO, AQUI E AGORA, A INTENÇÃO DE FAZER REINAR PERMANENTEMENTE O AMOR, A PAZ E A ALEGRIA, EM MIM E AO MEU REDOR, PARA O MEU MAIS ELEVADO BENEFÍCIO E O MAIS ELEVADO BENEFÍCIO DE TODOS.”

Para que a afirmação produza efeito, faz-se necessário vivenciar e vibrar essa frequência emocional de um modo intencional constante e intenso, inteiramente focado e, naturalmente, agir em plena consonância com ela.

Este compromisso deve ser cumprido por um mínimo de 21 DIAS SEGUIDOS, o que possibilitará criar e ativar os circuitos neurais e energéticos necessários.

Durante esses 21 DIAS, deve-se repetir, ao longo do dia, o mais frequentemente possível, “SOU AMOR, PAZ e  ALEGRIA”, sentindo, ao mesmo tempo, as emoções correspondentes, vivendo-as efetivamente e manifestando-as em nós mesmos e à nossa volta.

Os resultados serão extraordinários porque quando alguém, durante 21 dias, consegue viver e vibrar em alinhamento com a energia positiva e com a determinação de não julgar os outros, isso sobrepujará a negatividade de muitas pessoas.

Aquele que, durante 21 dias, conseguir viver e vibrar em alinhamento com a energia do Amor e da aceitação e  respeito ao próximo, e para com tudo o que existe, sobrepujará a negatividade de muitas  pessoas.

E aquele que, durante 21 dias, conseguir viver e vibrar em alinhamento com a energia da Iluminação, da Paz infinita e da Alegria interior, sobrepujará a negatividade de uma boa parte da humanidade, que vive em níveis mais baixos de energia.

21 dias é o tempo suficiente para que uma transformação efetivamente ocorra de modo irreversível. É um tempo bem curto e vale muito a pena nisso colocarmos o nosso mais constante e consciente empenho.

TODA A CRIAÇÃO AGRADECE POR ANTECIPAÇÃO A TUA ENTREGA.

Agradeço por compartilhar esta mensagem tão rapidamente quanto seja possível, e com o maior número possível de pessoas. Mas, principalmente, agradeço o seu propósito de se entregar de coração aberto a esta fantástica  e renovadora experiência.

Qualquer tradução que respeite a essência do conteúdo é muito bem vinda.

PAZ E LUZ!

Dr. Wayne W. Dyer

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Arrogância em Tempos de Eleição

“Não há necessidade de consultar um psicólogo para saber que quando você denigre o outro é porque você mesmo não consegue crescer e precisa que o outro seja rebaixado para você se sentir alguém.” 
(Papa Francisco)

“Ignorância e arrogância são duas irmãs inseparáveis, com um só corpo e alma.”
(Giordano Bruno)

O patrulhamento ideológico não é fácil. Em época de eleição, é só o que se vê. Alguém me enviou uma matéria de Ricardo Mota com o título “A eleição pôs luz sobre um Brasil obscuro”, onde o escritor fala sobre a nossa intolerância cotidiana, que veio à tona nas eleições presidenciais, especialmente no segundo turno. Preconceito, racismo, falta de solidariedade, tudo isto preponderou.

Ora, a baixaria já vem como exemplo dos próprios candidatos. Diz o autor: “A disputa presidencial serviu para suprir o profundo vazio que os tempos nos impõem. O ódio, como sói acontecer, uniu mais do que a solidariedade – o que está longe de ser uma manifestação social saudável.” E, mais adiante, continua: “O que vimos por esses dias de segundo turno, principalmente, foi a replicação do nosso comportamento nas coisas mais banais do dia a dia: no trânsito, no ambiente de trabalho, no supermercado e até na família.”

Recentemente, num evento familiar, na véspera da eleição, encontrei dificuldades em evitar assuntos políticos, tal a insistência de alguns convidados. E ainda tive de escutar acusações (ditas de forma brincalhona, é claro), por me posicionar diferentemente de uma parte dos meus familiares. Isto chama-se arrogância, falta de humildade. Isto é o mesmo que dizer: “estamos certos e você, errada”.

No Facebook, desfiz uma ou duas “amizades”. Não porque as pessoas externaram pensamento diferente do meu, longe disso. Desfiz porque não suporto amizade onde me sinto invadida, onde sinto que minhas ideias não foram respeitadas da mesma forma que procuro respeitar as opiniões alheias. Há várias maneiras de discordar do outro. Discordar escutando os motivos  alheios é saudável e elegante. Mas o que ainda predomina é a discordância invasiva, grosseira, indelicada. É esta discordância invasiva que cria divisões e preconceito.

Por aí se vê como estamos longe de estabelecer relações civilizadas. Não fizemos o dever de casa mais primário, que é o de podar nosso ego, a arrogância nossa de cada dia.

O texto de Mota termina assim: “O Brasil já avançou muito, não o suficiente para fazer da verdadeira cordialidade e do respeito entre os que habitam um território espetacularmente belo e diverso o comportamento dominante, que forja uma grande nação. Civilidade não se compra no shopping da esquina. Não por acaso, uma rima fácil para felicidade. E como cantou Tom Jobim, em Wave: ‘É impossível ser feliz sozinho’.”

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Reflexão Sobre Sombra e Eleições

As eleições estão na porta. Uma alegria, um dever cívico que se transforma em agonia. Como se alegrar diante da política partidária que vem sendo praticada? Como se alegrar e se entusiasmar com candidatos presos a esquemas, ligados a alianças espúrias?

Olho para o horizonte e não vislumbro uma liderança que me empolgue. E aí, dizem os “politizados”: “Não, mas você tem que votar. É seu dever de cidadã. O voto nulo favorece Fulano ou Cicrano”.

Como ser pensante, recuso-me a adotar o chamado “voto útil”. Minha consciência se recusa a apertar a tecla do “menos ruim”. Não é assim que se vota, para mim. Se eu votar num candidato no qual não tenho uma boa dose de confiança, eu estou ajudando a colocar no poder alguém que não merece estar ali. E me torno corresponsável pelos atos dele no poder. Esta é a lei espiritual.

[Quando falo “espiritual”, por favor, não quero ser mal interpretada. Não estou tratando de religiosidades. Eu sequer pertenço a uma religião. Falo em espiritualidade no sentido amplo. Uma espiritualidade que tudo engloba. Somos seres espirituais, por mais que nossa era materialista tente nos afastar desta verdade. E espiritualidade nada tem a ver com crenças ou seitas ou religiões. Espiritualidade, na minha opinião, é, antes de tudo, uma busca do autoconhecimento. Essa busca transcende as religiões. Haveria algo mais importante a fazer neste plano terreno a não ser buscar o conhecimento de si mesmo? Esta é a meta, o resto são ilusões, nas quais embarcamos, às vezes.]

Voltando ao tema: estamos tão cegos que não conseguimos enxergar a decadência do nosso sistema político? Por quanto tempo mais esse sistema se sustentará? A decadência do sistema político é a decadência da sociedade. A profissão de político deveria ser um apostolado. Roubos, mentiras, corrupção são distorções criminosas que deveriam passar longe da mente do político. No entanto, chegamos a uma degradação tal que fica difícil enxergar alguém, no meio desse horrível pântano que é o sistema político nacional, que seja realmente sério, honesto, probo.

“O que está fora é um reflexo do que está dentro”, diz uma das leis espirituais universais. A sombra da humanidade a perseguirá até que ela pare e olhe para ela. Não adianta fugir. Esta sombra vem aumentando porque não queremos olhar para ela. Insistimos num modelo de civilização que faliu, mas que luta para não perder o trono.

Enquanto cada um não decidir olhar para sua própria sombra, esse desfile externo de horrores, não somente na política, mas em todos os segmentos da nossa vida, continuará.

Mas o que é olhar para a própria sombra? O que é a sombra?

A sombra é a soma de tudo quanto reprimimos em nós. Tudo quanto reprimimos de sentimentos, raivas, medos... Lembra quando você era criança e sua mãe dizia: “Não faça isto! É feio ficar com raiva assim!” E aí você engoliu a raiva e fingiu ser bem comportado(a)? Sim, é claro que você precisava ser educado. Nada contra isto. Porém, nossa educação é falha. Ao mesmo tempo em que é reprimida, a criança deveria receber ferramentas para trabalhar e compreender aquele sentimento que foi reprimido. Como isto não acontece, guardamos bem guardadinho dentro de nós um verdadeiro baú tamanho-família repleto de negatividades. Este “baú” nos segue aonde formos. Segundo Jung, ele é a nossa sombra. Nem dormindo escapamos dela, incansável presença à espreita, a nos aparecer como um pesadelo ou um sonho esquisito. Uma sombra que precisa ser vista, mais cedo ou mais tarde.

As nossas sombras reunidas estão nos assombrando, por isto a nossa civilização está em decadência. Ela está nos engolindo. Porém, acredito no despertar. Nunca deixarei de acreditar no despertar da humanidade. A maneira mais eficaz de trabalhar a própria sombra é olhar para ela. O ato de olhar leva luz. Observe-se, olhe para si mesmo. A melhor meditação que alguém pode praticar é justamente esta: observar-se. Observe-se particularmente nos momentos de explosão, de raiva, de falta de controle, de medo. Nunca é demais lembrar que nós nos descontrolamos não por causa do outro; nós nos descontrolamos porque não estamos em equilíbrio. Nunca é o outro, nunca. Procurar se ver sem máscaras, procurar sair dessa bolha cor-de-rosa da auto-ilusão é trabalho para a vida inteira. Trabalho árduo, difícil, sofrido, mas cheio de compensações. Cada descoberta de cada faceta de si mesmo é uma alegria sem tamanho. É uma carga que cai do baú. E cada carga que cai nos torna mais leves na nossa caminhada.

Destaco:

“Se você não pode enxergar a própria sombra, precisa procura-la. A sombra se esconde na vergonha, nos becos escuros, nas passagens secretas e nos sótãos fantasmagóricos de sua consciência. Ter um lado sombrio não é possuir uma falha, mas ser completo. Há uma dura verdade a confrontar. (Você nunca tentou dizer uma ingênua verdade a alguém, que estrilou respondendo ‘Não venha me analisar’, ou algo parecido? O reino inconsciente parece tão perigoso quanto as profundezas do oceano; ambos são escuros e repletos de monstros invisíveis.)”

“Estamos todos vivendo com os destroços de ideias fracassadas que um dia pareceram soluções perfeitas. Cada solução combina com o quadro daquilo que constitui o lado sombrio.”

(O Efeito Sombra, Deepak Chopra)

Esses destroços estão caindo em nossas cabeças como uma chuva de bumerangues. Sim, bumerangues. Nós somos os responsáveis por jogar para o alto as nossas falhas. Sem compreender, em nossa pouca consciência, que elas voltam. Voltam para nós ainda mais fortes. Todo o conteúdo negativo que tentamos esconder em nós jamais se desgrudará do nosso ser enquanto não for visto, assumido, trabalhado. Assim é em tudo. Assim é na política que vemos ser praticada. 

Acendamos nossa luz, a vida clama, o tempo urge. O interruptor está do lado. Em cima dele, está escrito: "Coragem!". E a sombra está ali, como na ilustração. Ela é a flor que precisa ser colhida para que possamos ser plenos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Que Brote a Luz da Mudança

«Na dormência das águas de um pântano estagnado, na placidez torpe de um manto de água escura, uma flor brotou à superfície e abriu-se à luz do sol. Na beleza das suas pétalas delicadas, a luz encontrou um meio de penetrar dentro desse pântano, alimentando as sementes que neste se encontravam adormecidas. Tempos depois, na força dessa nova Luz que chegava ao mais profundo recanto desse imenso pântano, milhares de flores começaram a brotar à superfície, canalizando, através das suas raízes profundas, torrentes de luz e com esse gesto de Amor, ajudando no despertar de todas as outras.»

Na verdade algo de profundo está acontecer no planeta, não apenas na contraparte física do espaço onde nos encontramos encarnados, mas também na dimensão interna de nós próprios que, unificados a um mesmo princípio-humanidade sentimos, numa vivência interior e muito particular, essas mesmas mudanças.

Hoje, muitas são as flores que brotam à superfície desse pântano e que, aos olhos daquelas que permanecem em estado de semente, parecem estranhas, loucas... No fundo é a repetição da Alegoria da Caverna de Platão. Não vos compete a vós, no entanto, tentar convencê-las da existência desse Sol imenso que as aguarda, mas sim canalizar para todos, na forma de Luz e Amor, essa energia que deverá ser doada incondicionalmente.

Será a qualidade do vosso Amor que, tal como adubo lançado à terra, irá permitir que essas sementes se transformem em flores e que essas flores se abram à Luz Maior que sempre esteve presente dentro delas através da VIDA: da única VIDA existente.

Que não procurem, por isso mesmo, justificações, perante os outros, para os caminhos escolhidos, para as opções que vos foram dadas viver, para a visão esclarecida e sábia de quem em si compreendeu o mistério que está por detrás da existência, mesmo que ainda não seja capaz de formalizar tal vivência em palavras. Não são as explicações teóricas, os argumentos lógicos, as estruturas mentais formalizadas em rituais tantas vezes arcaicos, que irão fazer com que esta humanidade desperte, mas sim o Amor. Por vezes, diante do cepticismo daqueles que estão à vossa volta, basta um simples sorriso. Um sorriso que, na segurança e na tranquilidade profunda de quem já se abriu a essa Luz, irá estimular nos outros esse mesmo despertar.

Estes são tempos de profundas mudanças, como sabeis. De mudanças que irão resgatar esta humanidade de uma cegueira que a condenou à mais profunda ignorância. E isso é algo que se sente no ar. É o próprio chilrear dos pássaros que vos dá notícia disso, é o som do vento no curvar das árvores que anuncia essas transformações, é o ressoar espumoso das ondas na enseada, o perfume doce e cristalino das plantas que vos embriagam com a sua PAZ Profunda.

É o próprio respirar deste planeta cansado que vos fala e vos alerta para aquilo que já está visível. O planeta já compreendeu e já aceitou essas mudanças. Apenas a humanidade da superfície do planeta continua a insistir nos mesmos caminhos, nos mesmos erros, na ilusão de quem ainda não compreendeu que esta civilização já não tem lugar num planeta que, tal como árvore no Outono, precisa despir-se das folhas secas para que na Primavera novas folhas, novas flores e novos frutos possam brotar, rejuvenescendo a própria árvore.

Mas isto é para ser vivido com tranquilidade, sem alimentar expectativas. Sem que se deixem levar nas correntes fanáticas e fundamentalistas de quem ainda não compreendeu que o processo é para acontecer primeiro dentro de vocês e só depois se estenderá ao mundo inteiro. É através do Amor daqueles que já estão prontos que este planeta poderá finalmente ser curado da doença que o atormenta.

E para isso basta um simples sorriso vindo de dentro do vosso Ser Interno para que mais uma ferida seja sarada, para que mais uma lágrima se transforme em esperança renovada, para que mais uma semente de Lótus venha à superfície e se abra, na frescura de uma flor que acabou de nascer, à LUZ MAIOR.

E à medida que as flores de lótus se abriam à LUZ mais Alta, uma outra flor aguardava pacientemente que estas despertassem, lançando sobre as águas escuras do pântano uma doce fragrância que as pacificou. Todas elas repararam que o perfume era exalado por uma flor que se erguia sobre as margens, dobrada em reflexos suaves que o ondular do pântano distorcia. Ficaram maravilhadas! O seu perfume transportava Inocência, Simplicidade, Candura, Harmonia e PAZ. E as flores de lótus aproximaram-se da margem, perguntando em uníssono: “Qual é o teu nome?”. E a flor da margem respondeu: “O meu nome é LIS”.

(Texto chegou sem autor) 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Samsara, o Círculo da Vida

"Talvez o horror seja apenas, no mais fundo do seu ser, algo que precisa do nosso amor."
(Rainer Maria Rilke)

"Amar o inimigo dentro de nós mesmos não elimina o inimigo lá fora, mas pode mudar o nosso relacionamento com ele. Quando o mal deixa de ser demonizado, somos forçados a lidar com ele em termos humanos. Essa é, a um só tempo, uma tarefa espiritual potencialmente dolorosa e uma oportunidade para a paz espiritual. Esse é sempre o caminho da humildade." (Stephen Diamond)

Samsara, o círculo da vida! Vocábulo curto do sânscrito, cujo significado é bem mais amplo do que as traduções podem oferecer: mundo da impermanência, fluindo sem parar, onde ocorrem nascimentos e mortes... círculo de reencarnações; o transitório... fluxo do tempo e espaço, de nome e forma... mar da vida... o universo, aquilo que incessantemente se transforma...

Dentro de samsara, as formas não param de se transformar, o mundo parece caótico, civilizações aparecem e desaparecem como ondas, nada parece estável. O que permanece no meio desse às vezes incompreensível turbilhão externo? A Consciência.

A Consciência é a âncora cuja essência só alcançamos se mergulharmos nas profundezas do Ser, além do mundo das formas.

A Consciência só é sentida quando perdemos o medo da sombra de nós mesmos. Quando conseguimos olhar para algo que nos desagrada profundamente e nos dá repulsa e, mesmo assim, sabemos que aquilo não está somente "no outro", mas dentro de nós também. É quando sentimos isto que começamos a desenvolver a autêntica compaixão.

O texto a seguir foi retirado do Facebook. Para ler e refletir:

O círculo da vida

Em todo o mundo, nos noticiários todos os dias, as pessoas estão matando pessoas. Pessoas de um "lado" matam pessoas do outro 'lado'. Cada "lado" alega que está certo. Cada "lado" agarra-se à dor antiga, cada "lado" reluta em ser o primeiro a soltar, reunindo todos os motivos do mundo por que ele não pode e não vai soltar. Um conto trágico, tão antigo quanto a própria humanidade.

Quando é que vamos acordar para o fato óbvio de que todos nós somos a mesma Consciência disfarçada? Não importa quem nós pensamos que somos, não importa a nossa aparência, além de nossas histórias e estórias, nossas religiões, nossas nacionalidades, as nossas crenças, a cor de nossa pele, nossos passados pesados e futuros incertos, todos nós somos expressões da Vida Única! Na verdade, não há israelenses ou palestinos, judeus ou cristãos, muçulmanos ou budistas, ateus ou agnósticos, republicanos ou democratas, gurus e discípulos, pois essas imagens nunca poderão nos definir. Aquilo que realmente somos, no nível mais fundamental, é em si mesmo indefinível, misterioso, não é um conceito fixo ou algo que possa ser separado, que possa ser identificado com uma única imagem, assim como o vasto oceano nunca pode ser definido por suas ondas.
Consciência não tem religião e nacionalidade. Ela dá à luz a palestinos e israelenses, iraquianos e americanos, a luz e a escuridão, o yin e o yang do mundo de sonho em constante mutação.

Como a própria consciência, quando nos machucamos uns aos outros, estamos apenas prejudicando os nossos próprios irmãos e irmãs, a nossa própria família, que são ondas de nós mesmos. Estamos apenas lutando contra reflexos de nossa Face original. Estamos somente matando aqueles que amamos, amigos antigos de há muito tempo.

A guerra exterior nunca leva à paz interior. Quanto mais sangue derramaremos? Quanto mais dor? Quantos mais homens, mulheres e crianças devem desaparecer no infinito, antes de acordarmos?

Aquela criança sangrando é a minha própria criança. O círculo da vida não tem nenhum "lado".

(Jeff Foster - trecho de "Falling In Love With Where You Are", traduzido por Maria Helena Ferraz) 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Precisamos de Olhos que Vejam

"O alcance do que pensamos e fazemos
é limitado pelo que deixamos de notar.
E por deixarmos de notar que deixamos de notar
pouco podemos fazer para mudar,
até que notemos
como o deixar de notar
forma nossos pensamentos e ações."

(R.D. Laing)

O quanto deixamos de ver no nosso cotidiano? Eis um escrito que nos leva a refletir.

A complicada arte de ver

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria!

Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica.

De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta… Os poetas ensinam a ver”.

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado.

Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”.

Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem.

“Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.

Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”.

Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre.

Os olhos não gozam… Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.

Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas”.

Por isso – porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver – eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos”…

(Rubem Alves – educador e escritor)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Novo Crop Circle e o Ser Uno

CARTA ABERTA AO SER UNO ... Caro Ser Uno: na segunda-feira vocês editaram uma fotografia e um vídeo de um Crop Circle que foi descoberto em 1º de Junho de 2014, onde vocês dizem que é o símbolo do Ser Uno e que os Irãos Maiores-Ayaplianos já estão anunciando o alinhamento cósmico que começará em 07 de julho de 2014. Minha pergunta é a seguinte: O Crop Circle está unido a um pequeno círculo ... o que significa? Vocês poderiam explicar com mais detalhes o significado deste símbolo? ... Marcelo.

RESPOSTA: Prezado Marcelo: Na verdade, o Crop Circle que foi encontrado em 1º de junho de 2014, na Inglaterra, é o símbolo do Ser Uno. Os Irmãos Mariores-Ayaplianos já estão anunciando o início do alinhamento de 7 de julho de 2014. O Crop Circle assinala as nove dimensões do universo, as quais representam a Glândula Pineal do Ser Uno, ou seja: o Princípio Único, conhecido comumente por nós como A Flor da Vida. Essas dimensões giram a uma velocidade inimaginável e são representadas pela figura de uma flor, cujas pétalas não são estáticas e que vibram, giram, para baixo, para cima e mais para cima. Quando as pétalas estão em movimento, captam a criação de novas Ideias Cósmicas do Princípio Único.

Para nós, que pertencemos à Dimensão Primária, esses movimentos e idéias que emanam da Glândula Pineal do Ser Uno são incompreensíveis, mas as dimensões que se encontram em torno do centro: Dimensão Sublime, Divina, Etérea e Perfeita, entendem o idioma e o simbolismo desses movimentos e idéias. As dimensões nomeadas captam essas idéias, compreendem-nas e as separam, lançando-as, por sua vez, às outras dimensões que se seguem: Dimensão Regular, Secundária, Primária, Inferior e de Criatividade, as quais as absorvem segmentadas e as executam de acordo com o nível de trabalho e compreensão em que cada dimensão se encontra.

A figura maior representa a Glândula Pineal do Ser Uno e a figura menor é o planeta Terra, que está unido por um cordão umbilical ao Criador, ao Princípio Único; porém, como se vê, está fora do círculo, porque, no entanto, não se integrou ao Ser Uno. O planeta Terra e todas as almas encarnadas e desencarnadas que nele vivem devem formar nosso Ser Energético (espírito) para poder se tornar parte integrante do universo, coisa que a maioria dos seres ainda não o fez, porque estamos no processo de Concepção e Gestação, ou seja, no Despertar da Consciência.

Uma vez despertos, ingressaremos para fazer parte dos grandes pensamentos e idéias do Ser Uno. Nos integraremos e - SEREMOS ELE E PARTE DELE - quando todas as almas do planeta Terra tiverem o espírito formado; daí, o cordão se cortará e a Nova Célula Terra-Antimatéria se unirá às outras dimensões de Luz e Amor. Para isto, a Nova Terra terá que passar por todas as dimensões nomeadas, até um dia ingressar na Glândula Pineal do Ser Uno, para integrar-se definitivamente como uma Célula Vivente-Antimatéria na Criatividade na Mente Universal ... Caminho do Ser.

(Tradução livre. Imagem e texto: http://www.elseruno.com)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Que Passe a Copa

“Nossas vidas começam a morrer no dia em que calamos coisas que são verdadeiramente importantes.” (Martin Luther King)

Às vésperas da Copa do Mundo, faço algumas reflexões.
Já torci em muitas outras Copas, sempre com alegria, a família reunida, uma corrente de vibração pelo nosso Brasil.

E agora, que a Copa vai ser aqui? Seria um motivo a mais para se alegrar? Seria, sim, se as condições fossem outras.

Perdoem-me os torcedores, os que acreditam nos benefícios da Copa, mas eu não consigo entender como é possível estar feliz com tanta roubalheira, com tanta corrupção, com tantos desmandos que vêm acompanhando os preparativos para o Mundial.

"A ideia de que a Copa vai impulsionar a economia é um mito. Sediar uma Copa do Mundo não traz nenhum legado econômico. Se você quer impulsionar a economia com o dinheiro do povo, que paga impostos, é melhor investir em escolas e hospitais." (Simon Kuper - BBC Brasil)

“...em nome da Copa do Mundo, graves violações de direitos humanos foram e estão sendo cometidas. Comunidades inteiras foram e estão sendo riscadas do mapa, desorganizando a vida de milhares de pessoas, destruindo laços comunitários de décadas e criando traumas psicológicos permanentes. Tudo no decorrer de processos marcados pela verticalidade, truculência e falta de transparência do poder público.” (Sociedade – Opinião - Revista Carta Capital)

Os alicerces dessa Copa estão corrompidos. Recuso-me a me iludir com essa festa, recuso-me a curtir o que está podre. Recuso-me a sair festejando e torcendo como se tudo estivesse bem. Recuso-me a dizer, como muitos estão dizendo: "o que foi roubado, já foi, o que interessa agora é curtir!" Eu não faço nem jamais farei parte desse time. O roubo, a corrupção, são deploráveis e precisam ser apurados, pelo bem de nossas almas, pelo bem do nosso país. Esse descaso, esse "deixa pra lá, vamos curtir" é um câncer na alma do povo. Não podemos deixar para lá!

Gostaria que o meu país fosse conhecido lá fora não somente pelo futebol e pelo Carnaval, mas por valores éticos que vejo sumir pelo ralo porque os governos não dão educação ao povo e os próprios políticos dão o mau exemplo, mostrando que o que vale é encher o bolso de dinheiro e os princípios que se danem. 

Por que não investir em educação? Porque a massa ignorante é mais fácil de manobrar.

Como pode o povo refletir melhor sem desenvolver a leitura, o conhecimento, o senso crítico?

Gostaria de ver líderes políticos verdadeiros, honestos, espalhando o exemplo de honradez, de probidade, de austeridade.

O Brasil está órfão de líderes. Em quem acreditar? Em quem votar?

Se ganharmos a Copa, será que teremos mudanças significativas na nossa realidade? Alguém realmente acredita nisso?

A Copa mais cara do mundo todo. Bilhões sendo gastos em estádios num país carente de escolas, hospitais, transporte coletivo, cultura, rodovias...

Invocar o meu patriotismo em torno desse circo? Como? É antipatriótico não torcer pelo Brasil? Eu torço, sim. Torço por um Brasil mais justo, por um Brasil menos corrupto, por um Brasil decente. As Copas passam. Rápido como a bola no gramado.

Meu coração sofre com o Brasil. Por isso, digo que não vou torcer a favor nem contra. A minha grande torcida é para que nossas consciências se abram, para que nosso discernimento se amplie. Minha torcida é para que acordemos em tempo e encontremos um jeito de salvar a nós mesmos, limpando o nosso país dessa sujeirada toda que o enfeia e desmerece. 

Citando Brecht:

“Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.” – Bertold Brecht 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Consumo e Violência

"Viver no mundo e não ser do mundo", como falam os grandes mestres, é ser livre. É sair da gaiola do sistema e voar! É refletir, é não ser escravo do consumo.

“Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.” – Raul Seixas

“Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.” – Millôr Fernandes

“No passado, penso; logo, existo.
No presente, nem penso; logo consumo.
No futuro, penso por quê?” -
Anita Prado

A violência urbana é um dos fatores mais preocupantes da nossa época. Em muitos lugares, basta que surja uma chance para que aflore abruptamente, de forma primitiva e selvagem.

A greve da polícia, em Pernambuco, neste mês de maio, deu origem a diversos saques a lojas, onde se podia ver não somente bandidos, mas pessoas do povo, mulheres e até crianças, roubando descaradamente os estabelecimentos.

Qual a causa desse vandalismo? 

Estava lendo uma entrevista antiga, onde o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (influente acadêmico europeu, considerado um dos mais importantes sociólogos da atualidade), ao comentar os distúrbios ocorridos em Londres em 2011, afirma: "Foi um motim de consumidores excluídos". Bauman disse que a revolta foi motivada mais pelo desejo de consumir do que por qualquer outra preocupação com mudanças sociais. Desigualdade social e ânsia de consumo foram, segundo o sociólogo, os ingredientes-chave para os saques e motins.

O homem caiu na própria armadilha. Estamos nos engaiolando cada vez mais nesse sistema que ordena "compre", "consuma", ininterruptamente. Essa corrida aos bens materiais, desacompanhada de valores espirituais e familiares, só pode desaguar em desastre. Não por acaso, recebi ontem uma reflexão do escritor Mario Vargas Llosa, onde ele diz: 

“Uma democracia sem uma vida espiritual converte-se numa selva em que os lobos comem todos os cordeiros. E, para que a cobiça e a ambição material não regulem a vida, é preciso alimentar a vida espiritual.” 

Os valores humanos, ou valores espirituais, não caem de moda e são o sustentáculo de uma sociedade harmoniosa e pacífica. Será que diante dessa realidade tão contundente que vemos desfilar nas nossas TVs, ainda acreditamos que esse modelo materialista-consumista criado por nós tem solução?

Outro dia, assisti a uma palestra de um deputado com rara visão social. Discorrendo sobre a violência, ele mostrou, com dados estatísticos da ONU, que a violência social não pode ser explicada simplesmente pela pobreza, uma vez que países como a Índia, com uma desigualdade social imensa, ostenta índices de criminalidade bem inferiores aos índices de países ricos, como é o caso dos Estados Unidos. Qual a explicação? A explicação é que a sociedade indiana tem dentro de si, os arraigados e seculares valores espirituais. 

A nossa falta de valores, o nosso descaso em repassar valores e a nossa permissividade com as nossas crianças, tudo isto somado à desigualdade social, está nos consumindo. O consumo nos consome, sem dúvida alguma. "Quando as massas não mudam, elas se movem na direção da destruição", disse o educador Robert Happé. 

Nosso bem-estar, nossa paz e nossa harmonia estão onde sempre estiveram: dentro de nós. Mas nos perdemos dessa certeza, esquecemos das verdades do espírito e agora vagamos nessa corrida inglória, acreditando que a felicidade está nos bens de consumo. Nosso modelo "perfeito" de sociedade é o modelo americano. Por mais que os países pobres possam tentar, jamais conseguirão chegar ao modelo americano, por uma simples razão: esse modelo é tão selvagemente consumista, exaure de tal forma os recursos, que seriam necessários vários planetas Terra para que todos chegassem a esse padrão dos Estados Unidos. Bastaria esta reflexão para nos tirar da ilusão.

Sem dúvida alguma, mais do que nunca precisamos repensar a nossa vida. O mundo todo clama por mudança. Esta gaiola de loucos onde nos metemos tem saída, a porta parece fechada, mas está aberta àqueles que ousam refletir e mudar. E mudar não é fácil, porque dói. Mudar requer coragem. Requer mudança de foco. Requer um olhar para dentro. No entanto, mudar de foco, olhar para dentro e mudar, por mais que doa, é inadiável. Não existe outro caminho.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Feliz Wesak!

"Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora."  (Buda)

Hoje, 14 de maio, durante a lua cheia do signo de Touro, celebra-se o Festival de Wesak, ou Festival de Buda (Buda Purnima). 

Segundo a tradição espiritualista, é a data em que Buda retorna para ajudar a Terra na sua regeneração. Buda nasceu, alcançou a iluminação e abandonou o corpo sob a Lua cheia de Touro, por isto ele retorna na mesma época, todos os anos, para trazer nova luz ao mundo.

Nos Himalaias há um lugar chamado Vale Wesak. É lá onde os mestres espirituais se reunem, na lua cheia de maio, para realizar uma grande cerimônia pela paz e harmonia do planeta Terra.

O Festival de Wesak não é privativo do budismo, é uma data universal. Independentemente da religião ou crença que se siga, qualquer pessoa pode participar deste momento de abertura às bênçãos cósmicas, procurando manter a mente com boas vibrações, através de mantras, orações, reflexão interna. 

Se possível, recitar "A Grande Invocação" ao amanhecer, ao meio-dia, no momento do plenilúnio (16h18 de Brasília) e ao anoitecer.
  
A GRANDE INVOCAÇÃO 

Do ponto de Luz na mente de Deus,
Que flua Luz à mente dos homens;
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no coração de Deus,
Que flua amor ao coração dos homens;
Que Cristo retorne à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens,
Propósito que os Mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens,
Que se realize o Plano de Amor e de Luz
E seja cerrada a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
Restabeleçam o Plano Divino sobre a Terra
Hoje e por toda a eternidade.
Amém.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

ACORDE!

''A vida é agora. Nunca houve um momento em que a sua vida não foi agora, nem nunca haverá.'' (Eckhart Tolle)

"A forma do mundo em que o homem nasceu já está dentro dele como imagem virtual."  (Carl Jung)

É hora de sairmos do casulo. Os céus se abrem e banham a Terra com as luzes da transformação. As consciências abertas se expandem. As almas se reconhecem.

Conscientize-se, acorde, saia da "Matrix", o momento é hoje. Assista, medite, repasse:

sábado, 8 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher

Arte de Indra Grusait


“Trate as mulheres com o maior respeito. Ao homenagear as mulheres, você traz honra a si mesmo e a sua sociedade. Respeito pelas mulheres é a marca da verdadeira cultura.” – Sathya Sai Baba

“Não desejo para as mulheres que tenham poder sobre os homens, mas que tenham poder sobre si mesmas.” – Mary Wollstonecraft

"Eu sou aquela mulher que, na escalada da montanha da vida, removeu pedras e plantou flores". – Cora Coralina

“Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.” – Tolstoi

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” – Simone de Beauvoir

“As mulheres constituem a metade mais bela do mundo.” – Jean-Jacques Rousseau

“O homem é a água que voa; a mulher é o rouxinol que canta Voar é conquistar o espaço; cantar é conquistar a alma.” – Victor Hugo

“Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.” – Sêneca

NOTA: No Dia Internacional da Mulher, vale observar que o Brasil está em 7º lugar na categoria de países com maior número de homicídios femininos. A luta da mulher é a luta de todos nós. 


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Agrotóxicos - Nossas Crianças Estão Adoecendo

O Brasil está numa contramão perigosíssima no que diz respeito aos agrotóxicos: é um dos países campeões em utilização desses pesticidas. Venenos proibidos em vários países aqui são ministrados em grande escala. 

Acordemos, antes que o mal se torne irreversível! Protestemos! 

Desordens neurológicas em crianças são associadas com produtos químicos

Produtos químicos tóxicos podem estar na base dos recentes aumentos nos problemas de desenvolvimento neurológico entre as crianças, tais como autismo, déficit de atenção e hiperatividade e dislexia.
Os pesquisadores dizem ser urgente a adoção de uma nova estratégia global de prevenção para controlar o uso dessas substâncias.
"A maior preocupação é o grande número de crianças que são afetadas por danos tóxicos ao desenvolvimento do cérebro sem um diagnóstico formal. Elas sofrem redução na capacidade de atenção, atraso no desenvolvimento e mau desempenho escolar. Produtos químicos industriais estão agora emergindo como as causas mais prováveis," disse Philippe Grandjean da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA).
O estudo confirma conclusões semelhantes obtidas pelos mesmos autores em 2006, quando haviam sido identificados cinco produtos químicos industriais como "neurotóxicos ao desenvolvimento" ou produtos químicos que podem causar déficits cerebrais.
O novo estudo fornece resultados atualizados sobre os produtos químicos tóxicos já identificados e acrescenta informações sobre seis outros recém-reconhecidos pela sua neurotoxicidade, incluindo manganês, flúor, clorpirifós e DDT (pesticidas), tetracloroetileno (solvente) e os éteres difenil polibromados (retardadores de chama).
O manganês foi associado com a diminuição das funções intelectuais e prejuízo às habilidades motoras.
Os solventes são ligados à hiperatividade e ao comportamento agressivo.
Certos tipos de pesticidas podem causar atrasos cognitivos.
Venenos legalizados
Outros estudos já haviam indicado que os agrotóxicos podem ser causa de alergias alimentares, levando um cientista norte-americano a afirmar que estamos todos legalmente envenenados.
Os pesquisadores alertam que muitos outros produtos químicos, além dos cerca de uma dúzia já identificados como neurotóxicos, podem estar contribuindo para uma "pandemia silenciosa" de déficits neurocomportamentais que "está corroendo a inteligência, atrapalhando o comportamento e prejudicando a sociedade".
"Muito poucos produtos químicos foram regulamentados como resultado da neurotoxicidade para o desenvolvimento," escrevem os pesquisadores.
"O problema é de âmbito internacional, e a solução deve, portanto, ser também internacional," disse o Dr. Grandjean. "Temos os métodos disponíveis para testar produtos químicos industriais para efeitos nocivos sobre o desenvolvimento do cérebro das crianças - agora é a hora de tornar esses testes obrigatórios."

FONTE:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quando a Medicina Mata

O Diário da Saúde publicou a seguinte matéria, do interesse de todos:

A medicina salva muitos; mas também mata milhares

Você saberia dizer qual é a terceira principal causa de morte nos países mais desenvolvidos?
Dado que o câncer e as doenças do coração são muito citados, você poderia arriscar um palpite nos crimes, nos acidentes de carro, no diabetes ou nos acidentes vasculares cerebrais.
Você estaria errado.
A resposta é: mortes iatrogênicas - aquelas causadas por erros médicos, reações adversas a medicamentos ou infecções hospitalares.
O termo iatrogenia deriva do grego iatros (médico) e genia (origem, causa).
Só nos Estados Unidos, um levantamento realizado em 2000 apontou a ocorrência de 225.000 mortes por causas iatrogênicas por ano.

Quando a Medicina causa mortes

Com toda a capacidade da medicina moderna para aliviar o sofrimento e prevenir mortes prematuras, ela também causa as duas coisas em abundância.
Muitas intervenções médicas acabam tendo consequências negativas e não intencionais, que frequentemente surgem como resultado de pesquisas em busca de melhores tratamentos.
Embora muitas dessas ocorrências sejam facilmente identificáveis - os erros médicos, por exemplo - só agora estamos começando a descobrir seus efeitos mais nefastos.
Veja o câncer. Todos sabem o quanto os efeitos colaterais de uma quimioterapia podem ser perigosos: o tratamento pode enfraquecer o sistema imunológico do paciente a um ponto em que ele morre de uma infecção que, se estivesse sadio, não teria contraído ou nem notado.
Mas os problemas podem ser mais sérios. Descobertas recentes mostram que a capacidade das células tumorais de se espalhar para outras partes do corpo - a metástase - pode ser reforçada pela própria quimioterapia. Em outras palavras, em alguns casos, a quimioterapia pode tornar o câncer mais agressivo.
Ou considere um analgésico comum, que milhões de pessoas tomam para tornar uma gripe mais suportável.
Quando considerados em um nível populacional, esses analgésicos podem estar transformando as pessoas infectadas em propagadores de vírus mais eficientes.
Mais especulativamente, estão surgindo evidências de que as bactérias do intestino podem exercer influência significativa sobre a nossa saúde mental.
Se os efeitos observados nos estudos em animais forem observados também em humanos, poderemos ter de repensar práticas que vão desde o uso de antibióticos e da realização de exames preventivos até os transplantes.
O que se espera é que a comunidade científica e médica enfrente mais abertamente o problema das mortes iatrogênicas - os dados mais "recentes" sobre a questão são de 2000.
E, ao discutir a questão, permita que as decisões sobre medicamentos e tratamentos sejam melhor fundamentadas, e frutos de uma discussão aberta entre médicos e pacientes.

Fonte: