“Somos máquinas de produzir realidade. Criamos
constantemente os efeitos da realidade. Se tiramos informação de uma base de
conhecimentos pequena, temos uma realidade pequena. Se temos uma base de
conhecimento ampla, temos uma realidade ampla.” – Joe Dispenza, doutor em
bioquímica.
Não é brincadeira. O vírus do fundamentalismo existe, é
poderoso e nenhum de nós está imune ao seu contágio. Para pegá-lo, basta aferrar-se a uma ideologia. Qualquer uma. Seja
espiritual, étnico ou político, o fundamentalismo é perigosíssimo para o
autêntico buscador do autoconhecimento (a única tarefa que nos leva a encarnar,
no final das contas, é a busca de si mesmo), porque ele fecha as possibilidades
de ver além. Ele encarcera você numa “verdade” que, por mais fascinante e
atraente que possa parecer, é apenas uma das infinitas maneiras de ver e ser no
mundo. Pois não existe a chamada “verdade absoluta”. Mas o fundamentalista só
vê a sua fração de verdade como a “verdade absoluta”.
Aí, como diz um grande
amigo, não tem jeito, você “entra no cubo”. “Entrar no cubo” significa que você
aceita se encarcerar, você aceita reduzir e estreitar seus limites, para que suas certezas caibam no seu pequeno mundinho quadrado.
Aceitar uma verdade como inquestionável é o maior entrave
do buscador, do ser livre. Mais - é a morte do espírito.
Nós nos acostumamos a relacionar o termo ao chamado "fundamentalismo islâmico", mas eu me arrisco a dizer que o fundamentalismo mais pernicioso é aquele sutil, que nos impulsiona a tomar pequenas atitudes venenosas no cotidiano. Aquele fundamentalismo sutil que penetra em nossos pensamentos e nos faz decretar que estamos invariavelmente certos. Aquele fundamentalismo que não admite uma mudança de ideia, uma retomada de atitudes, uma correção de rumo. Esse tipo de fundamentalismo que nos leva a defender um ponto de vista até as últimas consequências. Que não aceita a troca de ideias, o diálogo. Que não abre um pouquinho que seja a mente, porque não aceita pontos de vista divergentes.
Hoje, com as descobertas alucinantes da física
quântica, podemos compreender que inexiste uma realidade objetiva, independente
do observador. O olhar do observador interage com o objeto observado e o objeto
observado pode mudar o comportamento ao ser observado! Isto não é ficção, isto
é física moderna!
Enquanto nos aferramos às nossas ideias, por mais altruístas
que possam parecer, mais distantes ficamos da onda renovadora que nos impele rumo
à profundidade das nossas almas. Ficamos na superficialidade. Transformamo-nos
em zumbis, mortos interiormente.
A quântica nos revela dimensões paralelas e nos convida a
quebrarmos nossos paradigmas, para que nos lancemos além do universo das
aparências, quebrando opiniões, certezas, dogmas e fundamentos. Provando-nos
que nada é fixo na matéria, sequer ela própria.
Tudo se move, tudo gira, tudo muda, nada é o que parece ser. Esta deveria ser a primeira lição do buscador. E a sua única certeza.
Tudo se move, tudo gira, tudo muda, nada é o que parece ser. Esta deveria ser a primeira lição do buscador. E a sua única certeza.
“O mundo observado é apenas uma aparência; na realidade,
nem sequer existe.” – Erwin Schrödinger, Nobel da Física.