quarta-feira, 11 de março de 2015

O Vírus do Fundamentalismo - ou - Nada é Fixo no Universo, Inclusive (e Principalmente) Nossas Ideias

“Somos máquinas de produzir realidade. Criamos constantemente os efeitos da realidade. Se tiramos informação de uma base de conhecimentos pequena, temos uma realidade pequena. Se temos uma base de conhecimento ampla, temos uma realidade ampla.” – Joe Dispenza, doutor em bioquímica.

Não é brincadeira. O vírus do fundamentalismo existe, é poderoso e nenhum de nós está imune ao seu contágio. Para pegá-lo, basta aferrar-se a uma ideologia. Qualquer uma. Seja espiritual, étnico ou político, o fundamentalismo é perigosíssimo para o autêntico buscador do autoconhecimento (a única tarefa que nos leva a encarnar, no final das contas, é a busca de si mesmo), porque ele fecha as possibilidades de ver além. Ele encarcera você numa “verdade” que, por mais fascinante e atraente que possa parecer, é apenas uma das infinitas maneiras de ver e ser no mundo. Pois não existe a chamada “verdade absoluta”. Mas o fundamentalista só vê a sua fração de verdade como a “verdade absoluta”. 

Aí, como diz um grande amigo, não tem jeito, você “entra no cubo”. “Entrar no cubo” significa que você aceita se encarcerar, você aceita reduzir e estreitar seus limites, para que suas certezas caibam no seu pequeno mundinho quadrado.

Aceitar uma verdade como inquestionável é o maior entrave do buscador, do ser livre. Mais - é a morte do espírito. 

Nós nos acostumamos a relacionar o termo ao chamado "fundamentalismo islâmico", mas eu me arrisco a dizer que o fundamentalismo mais pernicioso é aquele sutil, que nos impulsiona a tomar pequenas atitudes venenosas no cotidiano. Aquele fundamentalismo sutil que penetra em nossos pensamentos e nos faz decretar que estamos invariavelmente certos. Aquele fundamentalismo que não admite uma mudança de ideia, uma retomada de atitudes, uma correção de rumo. Esse tipo de fundamentalismo que nos leva a defender um ponto de vista até as últimas consequências. Que não aceita a troca de ideias, o diálogo. Que não abre um pouquinho que seja a mente, porque não aceita pontos de vista divergentes. 

Hoje, com as descobertas alucinantes da física quântica, podemos compreender que inexiste uma realidade objetiva, independente do observador. O olhar do observador interage com o objeto observado e o objeto observado pode mudar o comportamento ao ser observado! Isto não é ficção, isto é física moderna!

Enquanto nos aferramos às nossas ideias, por mais altruístas que possam parecer, mais distantes ficamos da onda renovadora que nos impele rumo à profundidade das nossas almas. Ficamos na superficialidade. Transformamo-nos em zumbis, mortos interiormente.

A quântica nos revela dimensões paralelas e nos convida a quebrarmos nossos paradigmas, para que nos lancemos além do universo das aparências, quebrando opiniões, certezas, dogmas e fundamentos. Provando-nos que nada é fixo na matéria, sequer ela própria.

Tudo se move, tudo gira, tudo muda, nada é o que parece ser. Esta deveria ser a primeira lição do buscador. E a sua única certeza.

“O mundo observado é apenas uma aparência; na realidade, nem sequer existe.” – Erwin Schrödinger, Nobel da Física.

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