terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O Caminho de Volta ao Coração

Recentes Descobertas Científicas

Acabo de receber este maravilhoso artigo, enviado por Marilu Martinelli, com o seguinte comentário: 

"A Inteligência do Coração. Os cientistas atestam depois de pesquisas e utilização de tecnologia de ponta, o que as tradições da Índia sempre afirmaram, inclusive que o primeiro órgão a ser formado é o coração (...). O coração é a morada da inteligência do espírito. Como eles podiam saber disso há 5 mil anos é um dos tantos mistérios que envolvem o desenvolvimento do  conhecimento humano...."

 Transcrevo a matéria, na íntegra, assinada por Rebecca Cherry:

"Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrir que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de 'o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência'.

O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, e que uma leitura do espectro de freqüência do coração pode ser tomada a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!

A frequência eletromagnética do coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto desse campo.


O anel eletromagnético do coração não é a única fonte que emite esse tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequência. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficos. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de frequência de um único anel.

Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à Fonte Ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como 'milagres' entrando em nossas vidas.

Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do coração, baseados nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados; a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez e temos que lutar para sobreviver.

Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construímos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.

Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, 'entrar em seu coração' e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. À medida que cada um de nós começa essa revolução tranquila de viver do coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra."



domingo, 22 de janeiro de 2012

A TV do Nosso Tempo

Às vezes é necessário descer até o fundo do poço para perceber que não há saída lá. Acho que este é o caso da programação televisiva contemporânea. Chegamos aos píncaros da vulgaridade. Mereceríamos o Nobel da baixaria, se existisse.
Mas parece que a luz no fim do túnel está começando a brilhar...
A degradação chegou a um ponto tão crítico que algumas pessoas começam a se movimentar e a organizar protestos.
Os sinais de decadência social estão em todo lugar, a TV é apenas uma das facetas dessa decadência. Visando o lucro e tão-somente o lucro, a TV nivela por baixo sua programação, alegando que produz o que o povo quer ver, e o povo quer ver baixaria. Considero isto de uma estupidez sem tamanho.

A TV não poderia se colocar fora do processo educativo. A responsabilidade dessas emissoras é gigantesca. Meio barato de diversão sem sair de casa, a televisão está em quase todos os lares. Hipnótica, o seu poder de mobilização de massas é assustador. Esse poder utilizado sem escrúpulos nem consciência não pode acarretar outra coisa que não seja um acúmulo de lixo a invadir nossas casas, deseducando, corrompendo os jovens, prestando um desserviço à população.
O povo quer ver baixaria, então mergulhemos todos na baixaria?
O povo pode estar querendo ver baixaria, mas se a inteligência dos produtores não estivesse totalmente focada no dinheiro e no poder, eles saberiam muito bem como apresentar programas de qualidade para elevar o nível de quem gosta de baixarias. Este seria o grande papel educativo da televisão. Responsável, consciente e engajado.
No entanto, manter a turba na mediocridade pode ser útil no processo de manipulação de massas. Do ponto de vista estritamente consumista, a massa manipulada é a que mais interessa, porque não pensa, é passiva. Se não pensa nem desenvolve senso crítico, torna-se um cliente dócil a tudo aquilo que se quer vender (produtos ou idéias).

Disse Confúcio: “Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo”.

Estamos ainda, como humanidade, no nível da imitação, para júbilo dos que se mantêm no poder pela manipulação de mentes. Já começamos, porém, a sentir o gosto amargo dessa lama onde querem nos manter.

“Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter aprendido algo com sua ignorância”, afirmou Galileu Galilei.

Tropeçando e em passo vagaroso, vamos aprendendo com nossa própria ignorância a passar para o nível da reflexão.

Fiquei estimulada ao ver tantos protestos na internet, ultimamente, contra o baixo nível televisivo da nossa mais poderosa emissora.

É a luz no fim do túnel, enfim...

sábado, 7 de janeiro de 2012

O Som do Silêncio


Escrevi na postagem anterior sobre o 9º Trabalho de Hércules, quando ele consegue derrotar as aves ruidosas e devastadoras.

Já paramos para refletir sobre o imenso poder do som?

“No princípio era o Verbo”, diz a Bíblia.


Os Vedas ensinam que todo o universo manifestado foi criado com um único som de uma única sílaba, entoado por Brahma: o sagrado mantra OM.

A tradição hindu nos conta que, há milhares de anos, os sábios e os iogues (também chamados rishis), meditavam nas cavernas onde reinava o silêncio absoluto. Focalizaram suas mentes nos centros de energia do corpo (chacras), tentando captar as vibrações desses vórtices. Daí, em estado de meditação profunda, ouviram 50 diferentes vibrações dos sete chacras. Essas vibrações foram traduzidas vocalmente e transformadas em 50 letras, que deram origem ao idioma sânscrito, o mais antigo idioma da humanidade.

Dessa língua-mãe, surgiram depois todas as outras.

Os antigos iogues tinham plena consciência do poder criador do som. Por isso mesmo, usavam a palavra com parcimônia e sabedoria. Sabiam mergulhar no silêncio profícuo.

O mau uso da palavra nos trouxe ao pântano das aves dissonantes, onde estamos hoje mergulhados até a medula.

A palavra cria, a palavra destrói. O poder do som, que está à nossa disposição para dele fazermos uso como cocriadores da vida, nós o utilizamos para destruir a vida, desarmonizar a vida.

Seguimos gralhando e nem notamos que todos esses sons destoantes lançados ao vento terminam voltando para nós.

Lembrei deste conto de Paulo Coelho, bem a propósito:

“De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível – e a mais covarde – é a palavra. Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos terminam sendo detectados. Diz o mestre: a palavra consegue destruir sem pistas. Crianças são condicionadas durante anos pelos pais, homens são impiedosamente criticados, mulheres são sistematicamente massacradas por comentários de seus maridos. Fiéis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar a voz de Deus. Procure ver se você está utilizando esta arma. Procure ver se estão utilizando esta arma contra você. E não permita nenhuma destas duas coisas.”

E não esquecer que, por mais ensurdecedor que seja o ruído das aves, nós temos a chave para neutralizá-lo. Hércules não é um mito externo. Hércules é a nossa realidade interna que precisa despertar. Hércules é o homem-deus, o representante de uma nova terra e um novo tempo.

Despertemos nosso Hércules, despertemos! Há tanto a fazer! Afugentemos os pássaros ruidosos com o maior poder que nos foi dado: o poder do som.

E lembremos sempre: é no silêncio e só no silêncio que o Eu Superior se faz ouvir.

Você tem tido tempo de escutar o seu silêncio?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2012 e o Ruído das Aves


Enfim, chegou o tão esperado, propalado e profetizado 2012!

Profetas, astrólogos e videntes à parte, basta uma olhadinha nas manchetes dos jornais para constatarmos o óbvio: nosso modelo de civilização está por um fio. Os sinais de falência estão por todos os lados. No entanto, como um cão preso ao osso, ainda tentamos nos sustentar ao insustentável. Nem com respiração boca-a-boca, choque elétrico, traqueostomia ou coisa que o valha nosso sistema se salva.

Ótimo que seja assim. Ou queremos perpetuar essa interminável cadeia de equívocos onde está inserida nossa civilização?


Estamos indo aos trambolhões, como na velha música “eu não vou, vão me levando”. E vamos cada vez mais rápido. Porque o mundo tem pressa. E a própria pressa, a própria agitação já nos impedem de parar e pensar na indagação elementar: “para onde vamos?”. Não sabemos para onde vamos, simplesmente vamos. Como bois para o sacrifício, vamos.

Aqui e ali, no entanto, alguns se soltam da manada e tentam alertar os outros: “Parem! Dêem a volta! Estamos indo na contramão!”.

 Poucos escutam. Muitos dos que escutam, riem. Outros escutam e compreendem, mas já não conseguem voltar – estão comprometidos demais e acorrentados demais ao pegajoso pântano da Matrix.

O pântano, nos trabalhos de Hércules, representa o subconsciente humano e todo o lodo armazenado nele e realimentado com formas-pensamento escuras.

No nono trabalho, diante do pântano, Hércules tenta ouvir sua intuição para descobrir um meio de afastar as aves devastadoras cujo coro dissonante perturba e ameaça a paz. Inspirado pelo eu interno, o herói faz soar repetidamente dois címbalos de bronze. O som potente dos címbalos confunde os pássaros, que fogem para não mais voltar.

O que se capta desta lição é o papel proeminente do som. Pássaros e sons estão ligados ao elemento “ar”. Simbolizam a mente humana. Os pássaros representam o concentrado de pensamentos e palavras negativos, a tagarelice, o falar supérfluo.

O címbalo significa o uso correto do som. Hércules, inteligentemente, utilizou-se do mesmo instrumento (o som) para neutralizar e derrotar o inimigo. Usado de forma correta, o som cria, afastando as forças negativas, inconscientes.

A fala supérflua, a tagarelice, a palavra leviana e sem compromisso com a verdade são fruto da inconsciência. Espalham destruição. Seu ruído ensurdecedor impede que escutemos o som da alma – o címbalo.

Chegamos a 2012 e o ruído das aves está mais forte do que sempre foi. Já não o suportamos.

Mas o Hércules interno continua lá, esperando que pulemos fora da manada e tomemos as rédeas do nosso destino luminoso. 



Psiu! O címbalo está tocando. 


Pare! Silencie! 

Você consegue ouvi-lo?